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RDCongo. Rebeldes da Codeco matam 11 pessoas e queimam cerca de 300 casas

Pelo menos 11 pessoas foram mortas e cerca de 300 casas foram queimadas este domingo num novo ataque do grupo rebelde Cooperativa para o Desenvolvimento do Congo (Codeco), no nordeste da República Democrática do Congo (RDCongo), segundo fontes locais.

RDCongo. Rebeldes da Codeco matam 11 pessoas e queimam cerca de 300 casas
Notícias ao Minuto

14:45 - 13/02/23 por Lusa

Mundo RDCongo

"A maioria das vítimas foi morta com balas ou machetes. Sabemos isto porque alguns dos corpos mostram as marcas das catanas", informou Chérubin Ukundkila, presidente da sociedade civil no território de Djugu, onde a Codeco atacou, em declarações à agência EFE.

Entre os mortos encontra-se, pelo menos, um rapaz de 13 anos.

Segundo Ukundkila, o ataque começou por volta das 05:00 locais (03:00 em Lisboa) nas aldeias de Kota, Ngunzu, Akwe e Njimbu, todas dentro do território de Djugu, que pertence à província de Ituri, no nordeste da RDCongo.

"Mais de 300 casas foram queimadas. Foi horrível. Os atacantes saquearam-nas primeiro. Saquearam tudo, lojas, gado e outros bens", lamentou o líder da sociedade civil.

Os residentes das aldeias atacadas fugiram para vários locais por medo de novos ataques rebeldes.

Várias zonas de Ituri têm sido palco de uma grave escalada de ataques por grupos armados nos últimos meses, particularmente pela Codeco, formada em 2018 com o propósito expresso de dar resposta aos abusos do exército do país, e que reúne no seu seio vários grupos de milícias de etnia lendu a operar na RDCongo.

Alguns dos piores massacres foram atos de retaliação contra as milícias da Frente Popular de Autodefesa de Ituri (FPAC-Zaire), que se descreve como um grupo de autodefesa para proteger a comunidade hema contra os ataques da Codeco.

As comunidades lendu (agricultores) e hema (pastores) são protagonistas de disputas históricas que resultaram em milhares de mortes entre 1999 e 2003.

Face ao aumento da violência, a conselheira especial das Nações Unidas para a prevenção do genocídio, Alice Wairimu Nderitu, alertou em meados de janeiro para o risco de genocídio.

Desde 1998, o leste da RDCongo tem estado mergulhado num conflito alimentado por milícias rebeldes e pelo exército congolês, não obstante a presença no terreno de 16.000 efetivos missão das Nações Unidas na RDCongo (Monusco).

A ausência de alternativas e de meios de subsistência estáveis levou milhares de congoleses a pegar em armas e, de acordo com o Barómetro de Segurança do Kivu (KST), o leste do país é um campo de batalha para mais de 120 grupos rebeldes.

Leia Também: Pelo menos 16 mortos após explosão de uma bomba no nordeste da RDCongo

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