UE condena legalização de nove colonatos ilegais na Cisjordânia ocupada
O alto representante para a política externa da União Europeia (EU), Josep Borrell, condenou hoje a legalização de nove colonatos construídos sem autorização estatal na Cisjordânia ocupada, uma medida anunciada domingo pelo Governo israelita.
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"De novo, o Governo israelita anunciou ontem [domingo] a legalização conforme à lei israelita de nove colonatos e condeno esta decisão. Infelizmente, esta é uma tendência desde há anos", considerou Borrell em conferência de imprensa após abordar em Bruxelas a situação no Médio Oriente com o chefe da diplomacia da Arábia Saudita, Faisal bin Farhan Al Saud, e o secretário-geral da Liga Árabe, Ahmed Aboul Gheit.
Os dois interlocutores manifestaram posição semelhante, com o ministro saudita a considerar que esta legalização dos colonatos ilegais "apenas servirá para inflamar as tensões e complicar a situação".
Israel legalizou no domingo nove comunidades na designada Judeia e Samaria, e anunciou a construção de novas habitações nos colonatos já existentes, em resposta a um ataque em Jerusalém na passada sexta-feira no qual um palestiniano atropelou e matou três israelitas, antes de ser abatido.
Nas últimas semanas registou-se uma escalada da violência na zona, onde morreram mais de 50 pessoas desde o início deste ano, na sua larga maioria palestinianos na Cisjordânia ocupada.
A maioria destas mortes ocorreu no decurso de raides militares israelitas na Cisjordânia, que originam frequentemente confrontos armados com milicianos locais.
O chefe da diplomacia europeia considerou que estes incidentes "demonstram como a situação no terreno se deteriora constantemente". Neste contexto, indicou que a UE, a Arábia Saudita e a Liga Árabe criaram um grupo de trabalho "para elaborar propostas com uma incidência regional" sobre um processo de paz entre Israel e a Palestina, assente na formação de dois Estados.
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