EUA. Ex-agentes da polícia declaram-se inocentes da morte de Tyre Nichols
Todos os cinco são acusados de homicídio em segundo grau, agressão agravada, sequestro agravado, má conduta oficial e opressão oficial.
© Getty
Mundo Tyre Nichols
Cinco ex-polícias de Memphis, nos Estados Unidos, acusados do homicídio de Tyre Nichols declararam-se inocentes na primeira presença em tribunal, esta sexta-feira. Os agentes estão atualmente sob fiança, o que significa que não estão na prisão, conta a BBC.
A próxima audiência está agendada para 1 de maio.
Recorde-se que o departamento da polícia de Memphis dissolveu a unidade especial 'Scorpion', cujos agentes são acusados de assassinar Tyre Nichols, um jovem afro-americano que morreu três dias após uma violenta operação de trânsito.
A unidade, composta por 50 pessoas, tinha como missão reduzir os níveis de criminalidade em áreas específicas. Scorpion significa 'Street Crimes Operation to Restore Peace in Our Neighborhoods', cuja tradução para português é 'Operação de Crimes de Rua para Restaurar a Paz nos Nossos Bairros'.
Em comunicado, a polícia notou que "é do interesse de todos desativar definitivamente" a unidade. "Embora as ações hediondas de alguns lancem uma nuvem de desonra sobre o título 'Scorpion', é imperativo que nós, o departamento de polícia de Memphis, tomemos medidas proativas no processo de cura de todos os afetados", lê-se.
Recorde-se que a morte de Tyre Nichols ocorreu a 10 de janeiro, após ser severamente agredido numa operação de trânsito por condução imprudente a 7 de janeiro, quando regressava a casa após ter estado num parque. No entanto, esta acusação não ficou provada.
Um advogado da família disse que um vídeo mostra o jovem a ser espancado pelos polícias como uma "pinhata humana". Nichols foi hospitalizado em estado crítico, mas não resistiu à brutalidade dos agentes, segundo as informações conhecidas na última semana.
Os polícias responsáveis foram identificados como Tadarrius Bean, Demetrius Haley, Emmitt Martin III, Desmond Mills Jr. e Justin Smith, também eles afro-americanos. Todos os cinco são acusados de homicídio em segundo grau, agressão agravada, sequestro agravado, má conduta oficial e opressão oficial.
Homicídio em segundo grau é um crime punível com pena de prisão que pode variar entre 15 a 60 anos de acordo com a lei do Tennessee, estado onde ocorreu o crime.
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