"Acompanhamos de perto o crescimento e o fortalecimento das relações entre a China e a Rússia. Vemos que eles operam mais juntos, fazem exercícios juntos: patrulhas navais, patrulhas aéreas conjuntas", reconheceu Stoltenberg, ao chegar à Conferência de Segurança em Munique (Alemanha).
Para o líder da NATO, a guerra na Ucrânia provou que "a segurança não é regional, a segurança é global, porque o que acontece na Europa é importante para a Ásia, e o que acontece na Ásia é importante para a Europa".
"Sabemos que Pequim está a acompanhar de perto a guerra na Ucrânia. Porque se o Presidente (russo, Vladimir) Putin vencer aí, isso afetará os cálculos e as decisões que tomam em Pequim", defendeu Stoltenberg.
Stoltenberg disse que a sua principal mensagem para o povo da Ucrânia é que "os aliados e parceiros da NATO estarão com a Ucrânia pelo tempo que for necessário" e assegurou que a Aliança Atlântica "não permitirá que o Presidente Putin vença esta guerra".
O secretário-geral da Aliança deixou claro que o apoio à Ucrânia serve para que este país possa prevalecer como uma nação independente soberana e para que o conflito possa terminar "na mesa de negociações".
"Mas sabemos que o que acontece à volta da mesa de negociações depende da força no campo de batalha", explicou Stoltenberg.
Stoltenberg deve discursar no sábado numa mesa-redonda na Conferência de Segurança de Munique, ao lado do Presidente da Finlândia, Sauli Niinisto, da Presidente da Moldova, Maia Sandu, e da primeira-ministra da Dinamarca, Mette Frederiksen.
Leia Também: Von der Leyen e Stoltenberg reunidos um ano após invasão na Ucrânia