O Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês respondeu assim a uma questão colocada pela Lusa sobre uma possível visita de Lula da Silva ao país, que órgãos estrangeiros afirmaram, no fim de semana, estar programada para o dia 28 de março.
O ministério chinês não confirmou aquela informação, mas disse que a China "dá as boas-vindas" a uma visita do Presidente brasileiro, assim que "seja conveniente para ambos os lados".
"Iremos divulgar as informações relevantes quando for adequado", afirmou a mesma fonte, numa resposta por escrito.
Pequim "atribui grande importância à parceria estratégica abrangente entre China e Brasil", acrescentou.
Durante os primeiros dois mandatos de Lula da Silva, entre 2003 e 2011, a relação comercial e política entre Brasil e China intensificou-se, marcada, em particular, pela constituição do bloco de economias emergentes BRICS, que inclui ainda Rússia, Índia e África do Sul.
Desde 2009, a China é o principal parceiro comercial do Brasil, com o comércio bilateral a passar de 9 mil milhões de dólares (8,43 mil milhões de euros), em 2004, para 135 mil milhões (126,5 mil milhões de euros), em 2021. Nos últimos anos, a participação da China nas exportações do Brasil superou os 30%, à boleia do apetite do país asiático por matérias-primas, sobretudo soja e minério de ferro.
Entre 2007 e 2020, a China investiu, no total, 66 mil milhões de dólares (61,8 mil milhões de euros) no Brasil.
A relação entre Pequim e Brasília arrefeceu, no entanto, durante o mandato de Bolsonaro, que assumiu o poder com a promessa de reformular a política externa brasileira, com uma reaproximação aos Estados Unidos, e pondo em causa décadas de aliança com o mundo emergente. O ex-ministro dos Negócios Estrangeiros do Brasil Ernesto Araújo, que foi entretanto substituído, adotou mesmo uma retórica hostil face à China.
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