"A luta é amarga, a batalha está cheia de armadilhas, mas o nosso impulso patriótico e a nossa determinação permanecem intactos até à vitória final. Pátria ou morte. Ganharemos", disse Ibrahim Traoré, numa declaração.
Denunciou que o exército "foi vítima de um amplo ataque" entre as cidades de Oursi e Deou, na província de Oudalan, e lamentou que "apesar da vigorosa resistência e resposta dos combatentes, tenha havido uma perda de vidas".
"Face a esta provação, expresso, tanto em meu nome pessoal como em nome do Governo, a compaixão de toda a nação a todas as forças nacionais e às famílias das vítimas", concluiu na sua mensagem, publicada pela presidência do Burkina Faso, na conta do Facebook.
As Forças Armadas do Burkina Faso confirmaram na segunda-feira que 51 soldados foram mortos no ataque e acrescentaram que 160 terroristas foram mortos em atentados subsequentes e em operações lançadas em resposta à emboscada.
O Burkina Faso, governado por uma junta militar desde o golpe de Estado de janeiro de 2022 contra o então Presidente, Roch Marc Christian Kaboré, tem enfrentado uma insegurança crescente desde 2015.
A junta é agora chefiada por Traoré, que encenou uma revolta em setembro que foi considerada um "golpe palaciano" contra o então líder, Paul-Henri Sandaogo Damiba.
Os contínuos ataques no país, tanto por parte da Al-Qaida como das filiais do Estado Islâmico na região, também contribuíram para um aumento da violência intercomunal e levaram a um florescimento de grupos de autodefesa, para os quais o Governo do Burkina Faso recrutou "voluntários".
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