A presidente da Moldova, Maia Sandu, anunciou, esta quarta-feira, que convidou o seu homólogo norte-americano, Joe Biden, a visitar o país. O convite surge numa altura em que aumentam as tensões entre Chisinau e Moscovo.
Sandu e Biden reuniram-se, na terça-feira, em Varsóvia, na Polónia. De acordo com um comunicado da Casa Branca, o encontro serviu para “reafirmar o apoio dos Estados Unidos à soberania e integridade territorial da Moldova”.
Na rede social Facebook, a presidente referiu que aproveitou a “oportunidade para transmitir” a Biden que, “nesta situação difícil, com uma guerra na fronteira”, a Moldova “precisa ainda mais de apoio dos EUA para reforçar a resiliência económica”.
Na nota, Sandu diz ainda que discutiu “as consequências da guerra na Ucrânia” e os “esforços para manter a paz e ordem pública” na Moldova.
“Transmitimos ao presidente Biden que os moldavos querem continuar a fazer parte do mundo livre, viver em segurança e realizar o seu sonho de aderir à União Europeia (UE), e agradecemos-lhe o importante apoio prestado pelos EUA ao desenvolvimento económico e transformação democrática do nosso país”, afirmou.
“Convidei o presidente Biden para revisitar o nosso país”, acrescentou a presidente, que agradeceu ainda a “ajuda prestada pelo governo dos EUA no último ano”.
Sublinhe-se que Sandu denunciou há pouco mais de uma semana as intenções da Rússia de encenar um golpe de Estado na Moldova através dos protestos da oposição, infiltrando-se neles com pessoal formado por militares de países como a Bielorrússia, Sérvia e Montenegro.
Segundo a líder, este alegado plano incluiria "sabotagem e treino militar de pessoas disfarçadas de civis", cuja principal tarefa seria "realizar ações violentas, ataques a edifícios governamentais e tomada de reféns".
Já na terça-feira, o novo governo da Moldova, liderado pelo primeiro-ministro Dorin Recean, exigiu que a Rússia retire o armamento e as forças destacadas na região separatista da Transnístria.
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