Diocese de Bilbau denuncia casos de abusos de menores por 32 clérigos
Dezoito dos padres investigados continuam a pregar em várias congregações por Espanha.
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Mundo Abusos na Igreja
A diocese de Bilbau, em Espanha, divulgou numa conferência na quarta-feira que, após lançar uma comissão de investigação aos abusos sexuais na Igreja Católica, foram feitos 32 processos de investigação contra padres da região, sendo que 14 dos clérigos envolvidos já faleceram e 18 continuam espalhados por várias congregações.
Na conferência, citada pelo El País - que vinca que a diocese no País Basco tem sido das mais públicas e transparente no que diz respeito aos abusos praticados pelos seus padres -, o representante da diocese, Carlos Olabarri, disse que "qualquer número de vítimas é demasiado e qualquer abuso, por mais leve que pareça, é insuportável e intolerável".
Os trabalhos de investigação em Bilbau já levam três anos, tendo sido entrevistas mais de 50 vítimas.
A advogada Gemma Escapa, que também apresentou os processos, disse que 14 dos casos foram abertos e outros 16 foram encerrados porque não há possível determinar consequências a adotar.
Três dos casos foram denunciados às autoridades fiscais. Os 18 casos relativos a párocos que continuam vivos e em funções foram encaminhados para as respetivas congregações.
A diocese não revelou, no entanto, se algum clérigo foi formalmente acusado e admitiu que poderão surgir mais casos. Não foram divulgados também os nomes, datas e locais em que os abusos denunciados terão ocorrido.
A instituição religiosa, diz o diário espanhol, tem colaborado com a imprensa e com as autoridades de modo a responsabilizar todos os culpados por casos de abusos sexuais na região, por parte do clero. O próprio El País abriu uma linha de apoio à vítima em 2018, para que os alegados casos de abusos sexuais na igreja espanhola fossem denunciados com o anonimato pretendido.
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