O antigo presidente russo Dmitry Medvedev marcou, esta sexta-feira, o primeiro aniversário da invasão russa da Ucrânia, deixando um aviso: "É muito importante atingir todos os objetivos da operação militar especial. Empurrar as fronteiras das ameaças ao nosso país o mais longe possível, mesmo que sejam as fronteiras da Polónia."
No Telegram, Medvedev começou por realçar: "Um ano desde que os militares restauraram a ordem, a paz e a justiça na nossa terra, protegeram o nosso povo e destruíram as raízes do neonazismo", augurando uma vitória "o mais rápido possível".
"Esse dia chegará. Recuperaremos os nossos territórios e protegeremos de forma confiável o nosso povo, que sofreu durante os anos de genocídio e bombardeamentos", disparou ainda o ex-presidente russo.
As negociações, disse, serão "difíceis e nervosas", porque os participantes formais do lado ucraniano "serão uns", mas "os líderes reais serão outros completamente diferentes".
Para Medvedev, as decisões para o regime de Kyiv, é claro, "não serão tomadas por algum tipo de Zelensky, se ele ainda estiver vivo, ou pelos seus compinchas", mas sim "do outro lado do oceano", por "aqueles em cujas mãos está o fornecimento de armas a Kyiv e a alocação de dinheiro para manter os restos da economia ucraniana."
A 24 de fevereiro de 2022, a Rússia deu início a uma invasão em grande escala à Ucrânia, resultando num crescente isolamento do Kremlin pela comunidade internacional, que tem aplicado sanções a entidades e pessoas russas. A tensão entre Kyiv e Moscovo tem vindo a aumentar, com as ameaças por parte do Kremlin a subirem de tom, no que diz respeito a eventuais ataques e ao eventual uso de armas nucleares.
Segundo o presidente da Rússia, Vladimir Putin, a invasão em território vizinho, que já causou, segundo as Nações Unidos, mais de 8 mil civis mortos, começou com a ideia de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia.
A ONU confirmou ainda que cerca de 13.300 civis mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.
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