Chuvas provocam danos devastadores e revelam minas
A região dos Balcãs avaliou hoje os danos devastadores provocados pelas piores inundações dos últimos 100 anos e a explosão de uma mina antipessoal na Bósnia revelou um novo perigo para as pessoas nos países atingidos pelas fortes chuvas.
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Mundo Balcãs
"Na região de Brcko (norte da Bósnia), as inundações deslocaram as minas antipessoais, sendo que uma acabou por explodir, mas sem fazer vítimas", divulgou a agência nacional de desminagem bósnia.
Segundo dados oficiais, desde o fim da guerra da Bósnia (1992-1995), mais de 120 mil minas permaneceram espalhadas em dois por cento do território da Bósnia.
As minas foram também colocadas às margens de rios e córregos, antigas linhas de demarcação entre os dois lados em guerra.
As chuvas torrenciais que caíram nos últimos dias na região dos Balcãs provocaram grandes inundações que causaram mais de 50 mortos na Sérvia, Bósnia-Herzegovina e Croácia.
Na Sérvia, os serviços de socorro estão mobilizados para reforçar os diques nas cidades que são atravessadas pelo rio Sava, que desagua no rio Danúbio em Belgrado.
Algumas cidades ainda estão inundadas e a situação humanitária é preocupante, pois muitas pessoas não têm acesso a água potável.
Nas cidades em que as águas já baixaram, há uma grande corrida contra o relógio para desinfetar e limpar tudo, para prevenir doenças.
Na Bósnia e na Sérvia, os cadáveres de centenas de vacas, ovelhas, porcos e outros animais que morreram afogados estão em decomposição e, com o aumento das temperaturas, corre-se o risco de acelerar esta situação.
As autoridades dos dois países falam em centenas de milhões de euros em prejuízo, referindo que há muitas estradas destruídas, redes de eletricidade e casas danificadas, infraestruturas em geral, entre outros problemas.
Mais de 1,6 milhões de pessoas foram afetadas pelas tempestades e inundações, cerca de 150 mil foram deslocadas, nomeadamente 100 mil na Bósnia, constituindo o pior êxodo desde a guerra.
Vários organismos internacionais, como a ONU e a NATO, estão a socorrer as populações e estão dispostos a ajudar na reconstrução das cidades.
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