Índia disponível para contribuir para esforços de paz na Ucrânia
O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, manifestou hoje a disponibilidade da Índia para contribuir para os esforços de paz na Ucrânia, um dia depois de o líder ucraniano, Volodymyr Zelensky, ter convidado Nova Deli nesse sentido.
© Lusa
Mundo Narendra Modi
"Desde o início do conflito, a Índia tem enfatizado a necessidade de resolver esta disputa através do diálogo e da diplomacia", disse Modi, em declarações relatadas nos meios de comunicação nacionais citadas pela agência espanhola Europa Press, após uma reunião com o chanceler alemão, Olaf Scholz.
O líder alemão iniciou hoje uma visita de dois dias à Índia, durante a qual disse que vai falar com Modi sobre a guerra que a Rússia iniciou na Ucrânia há um ano.
A Índia declarou-se neutra no conflito, embora tenha manifestado a sua oposição às sanções ocidentais contra a Rússia.
O país asiático foi um dos 32 membros da ONU que se abstiveram na votação de uma resolução da Assembleia Geral das Nações Unidos, na quinta-feira, a exigir a retirada imediata das tropas russas da Ucrânia.
A resolução, sem caráter vinculativo, foi aprovada com 141 votos a favor e sete contra (Rússia, Bielorrússia, Síria, Coreia do Norte, Eritreia, Mali e Nicarágua).
Além da Índia, países como China, Angola, Moçambique, Cuba e África do Sul também se abstiveram.
A Rússia é um parceiro comercial essencial para Nova Deli, particularmente nos setores do petróleo e do armamento, razão pela qual Zelensky mencionou o país na sexta-feira, no primeiro aniversário da invasão russa do país.
Num encontro com a imprensa em Kiev, Zelensky convidou a Índia para participar numa conferência internacional para resolver o conflito entre o seu país e a Rússia, mas com base num plano de paz proposto por Kiev.
O líder ucraniano convidou também a Rússia e a China para essa eventual conferência.
Entre os pontos do plano de paz de Kiev está a retirada das tropas russas de todo o território ucraniano, incluindo das cinco regiões que Moscovo declarou ter anexado: Crimeia, em 2014, e Kherson, Zaporijia, Donetsk e Lugansk, em setembro do ano passado.
A Rússia rejeita essas condições e alega que a Ucrânia tem de ter em conta a realidade atual, significando que deve reconhecer a anexação dos cinco territórios.
A Ucrânia e a generalidade da comunidade internacional não reconhecem a soberania russa nas cinco regiões anexadas.
A China, que tem mantido uma posição próxima de Moscovo, apresentou um plano de paz na sexta-feira, no qual defende que "a soberania, a independência e a integridade territorial de todos os países devem ser efetivamente preservadas".
A invasão russa da Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022, desencadeou uma guerra de larga escala que mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Desconhece-se o número de baixas civis e militares do conflito, mas diversas fontes, incluindo a ONU, têm admitido que será elevado.
Leia Também: Chanceler alemão na Índia para falar sobre Ucrânia e cooperação bilateral
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com