"Consideramos importante o plano de paz da China e apoiamo-lo", disse Viktor Orbán, ao discursar no parlamento húngaro, criticando o facto de "toda a União Europeia (UE)" estar "envolvida na guerra" ao enviar material militar para a Ucrânia.
Nesse sentido, o primeiro-ministro ultranacionalista húngaro afirmou que se essa política não mudar, em breve se falará no envio de tropas.
Orbán é encarado como o maior aliado de Moscovo no bloco comunitário e tem criticado as sanções impostas contra a Rússia, argumentando que são elas as responsáveis pela alta inflação atualmente registada que, na Hungria, chegou aos 25%, a mais alta de toda a UE.
A China apresentou um plano de paz que defende o respeito pela soberania de todos os países e a integridade territorial, o abandono da "mentalidade da guerra fria" e um cessar-fogo, bem como faz um apelo à "contenção" para "evitar que a situação fique fora de controlo".
Por seu lado, o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, garantiu que a proposta chinesa "não é operacional", que não procurou ouvir as partes em conflito e coloca "agressor e agredido no mesmo plano".
Os Estados Unidos também disseram que qualquer plano de paz exige que a Rússia retire as tropas da Ucrânia e que reconheça que Moscovo é o agressor.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
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