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Avi Maoz, vice-ministro do novo governo israelita, apresentou a demissão

O político israelita Avi Maoz, aliado ultranacionalista do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, apresentou a demissão do cargo de vice-ministro do novo governo.

Avi Maoz, vice-ministro do novo governo israelita, apresentou a demissão
Notícias ao Minuto

09:03 - 28/02/23 por Lusa

Mundo Israel

A saída de Avi Maoz é a primeira baixa no executivo de coligação de Netanyahu, no poder desde dezembro ano passado depois de ter alcançado a maioria parlamentar um mês antes. 

Maoz, líder de uma pequena formação política ultranacionalista, é conhecido pelas posições homofóbicas e pelas críticas que dirige aos judeus não ortodoxos, comunicou que abandona o cargo no Governo, mas que vai continuar a apoiar a coligação de direita, no Parlamento.

A coligação de Benjamin Netanyahu ocupa 64 lugares num Parlamento (Knesset) com um total de 120 deputados. 

O líder da fação Noam, numa carta dirigida a Netanyahu na segunda-feira, afirma que "descobriu que não há intenção de manter o acordo da coligação" relativamente a um gabinete que iria "reforçar a identidade judaica entre os israelitas".

Maoz, residente num colonato judeu na Cisjordânia, opõe-se aos direitos da comunidade LGTBQ, assim como está contra a incorporação das mulheres no serviço militar israelita.

Da mesma forma, mostra-se contra a contratação de professores de origem árabe nas escolas de Israel. 

A fação Noam, liderada por Maoz concorreu nas últimas eleições conjuntamente com Itamar Ben-Gvir, dirigente do Partido Sionista Bezalel Smotrich, tendo conseguido 14 lugares no Knesset, tornando-se na terceira maior grupo.

Entretanto, Netanyahu prepara-se para apresentar uma série de projetos de lei que, segundo oposição, visam enfraquecer o Supremo Tribunal e dar aos políticos um maior poder sobre as nomeações judiciais.

Os opositores dizem que as propostas (reforma do setor da Justiça) ameaçam as instituições democráticas de Israel concentrando o poder no Executivo.

Todas as semanas são organizadas em Israel protestos contra as propostas para a Justiça do novo governo de direita, dirigido por Netanyahu. 

Leia Também: Israelita morto na Cisjordânia ocupada tinha também nacionalidade dos EUA

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