O principal procurador do Tribunal Penal Internacional (TPI) esteve na Ucrânia esta terça-feira para investigar os ataques russos com mísseis e drones contra a rede elétrica e outras infraestruturas.
Aos jornalistas, e citado pela Sky News, Karim Khan disse: "Em geral, vemos claramente um padrão, eu acho, em termos de número, escala e amplitude de ataques contra as redes de energia da Ucrânia e precisamos ver por que é que acontece; são alvos legítimos ou não?"
A Rússia disse que os ataques são legítimos e visam enfraquecer as forças armadas inimigas, mas a Ucrânia considera-os um meio de intimidar e atacar civis.
As convenções de Genebra e protocolos adicionais moldados por tribunais internacionais dizem que as partes envolvidas num conflito militar devem distinguir entre "objetos civis e objetivos militares" e que os ataques a objetos civis são proibidos.
O TPI em Haia tem jurisdição para processar crimes de guerra, crimes contra a humanidade e genocídio no território da Ucrânia cometidos por qualquer um dos lados, e espera-se que se concentre em suspeitos de alto perfil, revela o mesmo meio de comunicação.
Khan, que se encontrou anteriormente com o presidente Volodymyr Zelensky em Kyiv, disse que ainda não houve nenhum mandado de prisão emitido pelo TPI resultante do trabalho do ano passado na Ucrânia.
"Como promotores, somos oficiais do tribunal. Não estamos aqui para obter uma salva de palmas por um truque de magia. Sempre que nos movemos, [as pessoas] devem ter confiança de que este não é um processo político", asseverou, quando questionado sobre a lentidão do processo.
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