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"Humilhações". Mãe de detido em Lisboa com carne na mala defende filho

Mulher alega que o filho era alvo de extorsão por parte de outros brasileiros a viver nos Países Baixos.

"Humilhações". Mãe de detido em Lisboa com carne na mala defende filho
Notícias ao Minuto

13:47 - 03/03/23 por Notícias ao Minuto

País Brasil

A mãe de Begoleã Fernandes, suspeito de homicídio de 26 anos detido no Aeroporto de Lisboa, na segunda-feira, com uma embalagem com carne "suspeita" na mala, defendeu que o filho agiu em "legítima defesa", alegando que este era alvo de "humilhações e extorsões" por parte de outros brasileiros que residiam, tal como Begoleã, nos Países Baixos.

"Estamos há muitos dias resolvendo trâmites formais, ontem eu resolvi falar, não a fins jurídicos, mas em defesa do que é o menino, do que é o meu filho, do meu filho que eu conheço, mas agora o advogado já falou com ele, está no decorrer de todo o processo em defesa dele porque foi legítima defesa", disse Carla Fernandes Pimentel, em declarações ao site brasileiro G1.

Recorde-se que o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) disse ao Notícias ao Minuto que, alegadamente, a carne encontrada na mala do suspeito, seria humana, estando a ser analisada. O brasileiro foi detido por falsificação de documentos, uma vez que apresentou um cartão de identidade italiano, tendo o SEF apurado depois que este era suspeito de ter matado um jovem nos Países Baixos e, por isso, pretendia sair do Espaço Schengen usando uma identidade falsa.

A  vítima é Alan Lopes, de 21 anos, encontrado morto no dia 26 de fevereiro, na casa onde vivia com a mãe e a irmã, em Vegasstraat, Amesterdão. Contudo, de acordo com a irmã da vítima, a polícia já afastou qualquer possibilidade de que a carne encontrada na mala de Begoleã seja de Alan Lopes.

A família de Alan, natural do Brasil e que está há sete anos em Amesterdão, contou que Begoleã frequentava a sua casa e pernoitava na habitação quando não tinha onde dormir. Além disso, alega também que Alan, que era talhante, emprestava dinheiro ao suspeito em momentos de dificuldades financeiras. 

Já numa publicação divulgada nas redes sociais e divulgada pelo site local Bhaz, a mãe de Begoleã alegou que Begoleã sofreu "humilhações e extorsões" por parte de brasileiros que também viviam nos Países Baixos.

"Queria meu filho comigo, e há algum tempo já havia um povo orando a meu pedido, porque eu não aguentava mais ver as humilhações e extorsões que ele vinha passando. Isto tudo não pelos holandeses, e sim por brasileiros corruptos. Infelizmente tudo aconteceu desta forma", escreveu a mulher, que também lamentou a morte de Alan, e descreveu o filho como "trabalhador, guerreiro, honesto, gentil, leal".

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© Facebook  

De acordo com o G1, o advogado do suspeito disse que este fugiu da Holanda para evitar ser morto e que agiu em legítima defesa, algo que diz que pode ser comprovado por um ferimento na mão direita de Begoleã, que terá ocorrido após o homem agarrar a faca para se defender.

No início da semana, ao anunciar a detenção, o SEF revelou que o alegado homicida chegou a dar entrada no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, para efeitos de avaliação clínica, devido a uma lesão na mão direita. 

É de realçar que o SEF revelou também que, ao ser detido, o suspeito estava ainda na posse de uma ligadura e roupa com vestígios de sangue, além da carne, que está a ser analisada.

Esta quinta-feira, fonte ligada ao processo revelou à agência Lusa que Begoleã Fernandes foi ouvido no Tribunal da Relação de Lisboa e ficou em prisão preventiva a aguardar a extradição para os Países Baixos. Encontra-se no Estabelecimento Prisional de Lisboa.

Leia Também: O que se sabe sobre Begoleã Fernandes, detido em Lisboa com carne na mala

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