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Jornalista togolês crítico do regime desaparecido desde domingo de manhã

Um jornalista togolês, crítico do poder, está "desaparecido" desde domingo de manhã, algumas horas antes da hora marcada para prestar declarações numa esquadra da polícia, disse hoje o seu chefe de redação.

Jornalista togolês crítico do regime desaparecido desde domingo de manhã
Notícias ao Minuto

18:56 - 08/03/23 por Lusa

Mundo Togo

"Ferdinand Ayité está desaparecido desde domingo. Ele havia sido convocado pelo Serviço Central de Pesquisa e Investigações Criminais (SCRIC, na sigla em francês) para comparecer no domingo às 15h00, mas desconhece-se onde possa estar depois de ter saído de casa, para fazer exercício, por volta das 09h00", detalhou Isidore Kouwonou, chefe de redação do jornal A Alternativa, que é dirigido pelo jornalista desaparecido.

Ayité, diretor de publicação do A Alternativa, um bissemanário crítico do poder, também faltou hoje a uma comparência no Tribunal de Lomé, acrescentou.

Em dezembro de 2021, Ferdinand Ayité foi acusado de "ultraje à autoridade" e "disseminação de comentários falsos nas redes sociais", após queixas de dois ministros por declarações divulgadas na rede social de partilha de vídeos YouTube.

"Tendo em conta os hábitos brutais do regime togolês, tememos pela sua vida no que seria um novo passo, inaceitável, na violência sofrida pelos togoleses", disse em comunicado transmitido à agência France-Presse, o ex-secretário de Estado francês Kofi Yamgna, nascido no Togo e presidente do movimento Sobressalto Togo.

O presidente do Conselho Nacional dos Patrões da Imprensa do Togo, Arimiyao Tchagnao, anunciou que estava agendada uma reunião com a mulher de Ayité, para "esclarecer o que está a acontecer".

No final de dezembro de 2021, Ayité e outro jornalista foram detidos numa prisão em Lomé pelas declarações no YouTube, sendo libertados cerca de uma semana depois.

A organização Amnistia Internacional denunciou então a "detenção arbitrária" dos dois jornalistas, considerando "um ataque à liberdade de expressão".

O jornal A Alternativa foi suspenso em fevereiro de 2021 por quatro meses devido à publicação de um dossiê envolvendo o atual ministro do Urbanismo, Koffi Tsolenyanu.

Leia Também: RSF apela à libertação de 73 jornalistas por ocasião do Dia da Mulher

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