Encontro com Blinken? "Falámos de forma construtiva, sem emoções"
O ministro russo dos Negócios Estrangeiros revelou como foi o seu encontro com o secretário de Estado norte-americano, no início do mês.
© Sefa Karacan/Anadolu Agency via Getty Images
Mundo Sergey Lavrov
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Sergey Lavrov, afirmou, esta sexta-feira, que teve uma conversa “construtiva” com o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken. No entanto, diz que tudo o que ouviu “foi uma posição que já foi expressa e sublinhada em público muitas vezes antes”.
Os responsáveis encontraram-se no início do mês, à margem do encontro de chefes de diplomacia do G20, em Nova Deli. Segundo disse o ministro à imprensa russa, citado pela agência de notícias Reuters, o encontro durou cerca de 10 minutos.
“Falámos de forma construtiva, sem emoções, apertámos as mãos”, disse Lavrov.
Em cima da mesa daquele que foi o primeiro encontro desde o início da invasão russa da Ucrânia, a 24 de fevereiro de 2022, estiveram discussões sobre armas nucleares e o conflito armado.
“Tudo o que ouvi foi uma posição que já foi expressa e sublinhada em público muitas vezes antes. Fiz a minha avaliação honesta e detalhada sobre o tratado New START, e porque vimos a necessidade de o suspender”, acrescentou.
Sublinhe-se que o presidente russo, Vladimir Putin, decidiu suspender, no final de fevereiro, a participação no tratado New START, o último pacto de controlo de armas nucleares com os Estados Unidos da América (EUA).
O tratado New START, assinado em 2010 pelos então presidentes dos EUA, Barack Obama, e da Rússia, Dmitry Medvedev, limita cada país a não mais de 1.550 ogivas nucleares colocadas e 700 mísseis e bombardeios colocados e prevê ainda a realização de inspeções para verificar o cumprimento.
O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.
A ONU confirmou que mais de oito mil civis morreram e cerca de 13 mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.
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