EUA. Aprovada desclassificação de informações sobre origens da covid-19
A Câmara dos Representantes aprovou hoje por unanimidade a desclassificação de informações secretas norte-americanas sobre as origens da covid-19, numa demonstração abrangente de apoio bipartidário perto do terceiro aniversário do início da pandemia.
© SAUL LOEB/AFP via Getty Images
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A votação, com 419 votos favoráveis e zero contra, resultou na aprovação final desse projeto de lei, enviando-o à mesa do Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, para ser ratificado, uma vez que também já havia sido aprovado pelo Senado.
"O público americano merece respostas para todos os aspectos da pandemia de covid-19", disse o congressista Michael Turner, presidente do Comité de Inteligência da Câmara baixa do Congresso.
Isso inclui, disse o congressista, "como esse vírus foi criado e, especificamente, se foi uma ocorrência natural ou resultado de um evento relacionado com um laboratório".
A ordem de desclassificação concentrou-se em informações relacionadas com o Instituto de Virologia de Wuhan, da China, citando "ligações potenciais" entre investigações realizadas no laboratório e o surto do novo coronavírus, que a Organização Mundial da Saúde declarou uma pandemia em março de 2020.
As agências de inteligência dos Estados Unidos estão divididas sobre se uma eventual fuga de laboratório ou origem animal é a provável fonte do SARS-CoV-2.
Especialistas dizem que a verdadeira origem da pandemia do novo coronavírus, que matou mais de um milhão de norte-americanos, pode não ser conhecida por muitos anos - se é que alguma vez será.
"A transparência é a pedra angular da nossa democracia", disse o congressista do Partido Democrata Jim Himes, no Comité de Inteligência, durante o debate.
Se transformada em lei, a medida exigiria em 90 dias a desclassificação de "toda e qualquer informação relacionada a possíveis vínculos entre o Instituto de Virologia de Wuhan e a origem da doença de coronavírus".
Isso inclui informações sobre investigações e outras atividades no laboratório, e se algum investigador ficou doente.
Liderado pelo Partido Republicano, o interesse pelas origens do vírus ocorre num momento em que a Câmara dos Representantes realizou uma audiências para investigar as teorias sobre como a pandemia começou.
Esses esforços oferecem um raro momento de bipartidarismo, apesar da retórica frequentemente acalorada sobre as origens do coronavírus e questões sobre a resposta ao vírus por parte das autoridades de saúde norte-americanas, incluindo o ex-conselheiro de saúde Anthony Fauci.
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