Segundo a rádio local Oméga, que cita as fontes, os ataques tiveram lugar na segunda-feira à noite na comuna de Titao, localizada na província de Lorum.
Entre os 11 mortos encontram-se seis voluntários para a defesa da pátria (conhecida pela sigla VDP), o nome dado aos civis que colaboram com as forças armadas do país contra os grupos terroristas que operam no país.
A Agência de Informação do Burkina Faso (Aib), controlada pelo Estado, informou na segunda-feira que pelo menos 20 terroristas tinham sido mortos na sequência da resposta do exército aos ataques.
A situação de segurança no Burkina Faso deteriorou-se consideravelmente nos últimos meses.
Em 17 de fevereiro, o exército do Burkina Faso sofreu o pior ataque mortal da sua história, com a morte de 51 militares, de acordo com o número oficial, embora fontes militares tenham dito à agência de notícias Efe que o número de vítimas era mais elevado.
A 26 de fevereiro, a cidade de Partiaga, no leste do país, foi atacada por terroristas que mataram pelo menos 60 pessoas, segundo o Movimento Burkinabe para os Direitos Humanos e dos Povos (MBDHP), embora não tenham sido anunciados números oficiais.
O Burkina Faso tem sofrido frequentes ataques terroristas desde abril de 2015, de grupos extremistas ligados tanto à Al-Qaida como ao Estado Islâmico, particularmente no norte do país.
O país sofreu dois golpes de Estado em 2022: um em 24 de janeiro, liderado pelo tenente-coronel Paul-Henri Sandaogo Damiba e outro a 30 de setembro levado a cabo pelo capitão Ibrahim Traoré.
A tomada do poder pelos militares teve lugar em ambas as ocasiões, na sequência do descontentamento entre a população e o exército por causa dos ataques terroristas, que forçaram a deslocação de quase 1,9 milhões de pessoas, 58% das quais são crianças, de acordo com os últimos números do Governo.
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