Pelo menos 11 mortos em dois ataques terroristas no Burkina Faso
Pelo menos 11 pessoas foram mortas em dois ataques quase em simultâneo na região norte do Burkina Faso, uma área do país que tem sofrido ataques recorrentes de grupos terroristas, disseram hoje fontes das forças de segurança.
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Mundo Burkina Faso
Segundo a rádio local Oméga, que cita as fontes, os ataques tiveram lugar na segunda-feira à noite na comuna de Titao, localizada na província de Lorum.
Entre os 11 mortos encontram-se seis voluntários para a defesa da pátria (conhecida pela sigla VDP), o nome dado aos civis que colaboram com as forças armadas do país contra os grupos terroristas que operam no país.
A Agência de Informação do Burkina Faso (Aib), controlada pelo Estado, informou na segunda-feira que pelo menos 20 terroristas tinham sido mortos na sequência da resposta do exército aos ataques.
A situação de segurança no Burkina Faso deteriorou-se consideravelmente nos últimos meses.
Em 17 de fevereiro, o exército do Burkina Faso sofreu o pior ataque mortal da sua história, com a morte de 51 militares, de acordo com o número oficial, embora fontes militares tenham dito à agência de notícias Efe que o número de vítimas era mais elevado.
A 26 de fevereiro, a cidade de Partiaga, no leste do país, foi atacada por terroristas que mataram pelo menos 60 pessoas, segundo o Movimento Burkinabe para os Direitos Humanos e dos Povos (MBDHP), embora não tenham sido anunciados números oficiais.
O Burkina Faso tem sofrido frequentes ataques terroristas desde abril de 2015, de grupos extremistas ligados tanto à Al-Qaida como ao Estado Islâmico, particularmente no norte do país.
O país sofreu dois golpes de Estado em 2022: um em 24 de janeiro, liderado pelo tenente-coronel Paul-Henri Sandaogo Damiba e outro a 30 de setembro levado a cabo pelo capitão Ibrahim Traoré.
A tomada do poder pelos militares teve lugar em ambas as ocasiões, na sequência do descontentamento entre a população e o exército por causa dos ataques terroristas, que forçaram a deslocação de quase 1,9 milhões de pessoas, 58% das quais são crianças, de acordo com os últimos números do Governo.
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