O porta-voz da polícia iraniana, Saeed Montazerolmehdi, anunciou as detenções em declarações à imprensa iraniana, adiantando terem sido apreendidos milhares de brinquedos com bombas de mau cheiro, indicando que alguns dos supostos ataques poderão ter sido com recurso a imitações destes brinquedos.
Os casos mais graves de envenenamento levaram centenas de alunas a ficarem hospitalizadas, de acordo a imprensa local e grupos de direitos humanos.
As autoridades iranianas têm investigado os envenenamentos, mas sem dar informações sobre quem pode estar por trás dos envenenamentos ou quais os produtos químicos, confirmando que os houve, foram usados.
O Irão prendeu dezenas de jornalistas desde o início dos protestos antigovernamentais em todo o país, que começaram em setembro, incluindo os repórteres que cobrem os envenenamentos.
Um legislador num painel do governo que investiga os envenenamentos disse, no início deste mês, que cerca de 5.000 estudantes queixaram-se de se sentirem doentes em 230 escolas de 25 províncias.
Mas ativistas de direitos humanos no Irão, de um grupo que monitorizou os protestos recentes, estima o número em mais de 7.000 estudantes.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) documentou um fenómeno semelhante no Afeganistão, de 2009 a 2012, quando centenas de estudantes em todo o país se queixaram sobre cheiros estranhos e envenenamento, mas nenhuma evidência foi encontrada para apoiar as suspeitas, considerando a OMS poder tratar-se de uma "doença psicogénica em massa".
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