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Xi Jinping poderá "discutir evasão de sanções" com Putin na Rússia

A análise ao encontro entre os dois líderes é do Instituto para o Estudo da Guerra (ISW).

Xi Jinping poderá "discutir evasão de sanções" com Putin na Rússia
Notícias ao Minuto

10:17 - 18/03/23 por Notícias ao Minuto

Mundo ISW

O presidente chinês Xi Jinping "provavelmente discutirá esquemas de evasão de sanções" e mostrará interesse em "mediar uma solução" para a guerra na Ucrânia quando se encontrar com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, na próxima semana, antecipou o Instituto para o Estudo da Guerra (ISW).

Recorde-se que o líder chinês irá encontrar-se com Vladimir Putin de 20 a 22 de março em Moscovo, com o plano de assinar "uma declaração conjunta (...) que prevê o aprofundamento das relações de parceria e das relações estratégicas, entrando numa nova era".

Em análise ao encontro, o ISW, citado pelo The Guardian, afirma que Xi "provavelmente planeia discutir esquemas de evasão de sanções com Putin e funcionários russos para apoiar a venda e fornecimento de equipamento chinês à Rússia".

Além disso, o instituto afirma também que o líder chinês "provavelmente também pretende promover os esforços chineses no sentido de posicionar a China como mediador imparcial de terceiros para as negociações entre a Rússia e a Ucrânia" e que Xi "pode procurar usar o seu sucesso na mediação da restauração dos laços diplomáticos entre o Irão e a Arábia Saudita para um maior esforço de mediação nesta guerra".

O ISW já tinha avançado anteriormente que o presidente da Bielorrússia Alexander Lukashenko e o Xi assinaram um pacote de 16 acordos a 1 de março que poderiam facilitar a evasão às sanções russas através da canalização de produtos chineses pela Bielorrússia.

A visita de Xi ocorre quando a Rússia está a voltar massivamente a sua economia para a China, desde o início do conflito na Ucrânia, que provocou uma grande quantidade de sanções ocidentais.

Muitos analistas acreditam que Moscovo agora corre o risco de desenvolver uma forma de dependência de Pequim, uma observação contestada pelo assessor diplomático do Kremlin, Yuri Ushakov.

Leia Também: Ucrânia? "Não apoiamos pedidos de cessar-fogo" da China, dizem EUA

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