"Foi também acordado assinar a constituição de transição em 6 de abril e começar a formar as instituições da autoridade de transição no país em 11 de abril", acrescentou o porta-voz, Khaled Omar Youssef, numa conferência de imprensa após a reunião do mecanismo político encarregado de redigir o acordo final.
O consenso sobre o calendário foi alcançado este domingo na presença do presidente do Conselho Soberano, General Abdelfatah al Burhan, do seu adjunto, Mohamed Hamdan Daglo, e de representantes do Mecanismo Tripartido Africano e do Quarteto Internacional, que inclui os Estados Unidos, Grã-Bretanha, Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos.
Em 8 de janeiro, teve início a fase final do processo político entre os signatários do "acordo-quadro", alcançado em 5 de dezembro entre militares e civis, com o objetivo de pôr fim à crise política desencadeada após o golpe de estado de outubro de 2021, com o qual Abdelfatah al Burhan depôs o governo civil de transição que tinha liderado o país desde o derrube do ditador Omar Al Bashir, em 2019.
As negociações para o acordo final, que foram mediadas pela ONU, visam integrar todos os atores no Sudão - incluindo aqueles que não assinaram o acordo-quadro - com vista à realização de eleições democráticas no final de 2023 para a formação de um Governo totalmente civil.
Al Burhan, o arquiteto da revolta, reiterou em várias ocasiões que o exército não intervirá nos assuntos do país uma vez formado um Governo eleito democraticamente.
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