"O perigo é claro". As imagens que marcam os 20 anos da invasão do Iraque

Mais de 100 mil civis iraquianos morreram nesta guerra, que foi considerada "um erro" pelos responsáveis que defenderam mais tarde, em 2023, que o país tinha, na altura, planos e armas de destruição maciça.

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Notícias ao Minuto
20/03/2023 09:36 ‧ 20/03/2023 por Notícias ao Minuto

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Iraque

Assinala-se, esta semana, o início da invasão das tropas norte-americanas no Iraque, depois de o então presidente, George W. Bush, ter dado 48h ao líder iraquiano, Saddam Hussein para abandonar o país - algo que não aconteceu.

Findado o prazo os soldados norte-americanos invadiram o país a partir do Kuwait e, depois de três semanas de combates, tomaram controlo da capital, Bagdade, derrubando a estátua do ditador, num gesto que simbolicamente significou o fim da sua soberania no país. Como justificação, o governo norte-americano defendia que o Iraque tinha não só tinha ideias de fabricar armas de destruição maciça, como já tinha algumas armazenadas - nem uma ideia, nem a outra se verificaram.

"O perigo é claro: utilizando armas químicas, biológicas ou, um dia, nucleares, obtidas com a ajuda do Iraque, os terroristas poderiam cumprir as suas ambições declaradas e matar milhares ou centenas de milhares de pessoas inocentes no nosso país, ou qualquer outro", referiu Bush na altura em que deu dois dias a Hussein para deixar o país.

Hussein foi capturado meses depois, em dezembro, e acusado e de crimes contra a humanidade, sendo executado em 2006. As tropas dos Estados Unidos (EUA) retiraram-se completamente do país apenas em 2011, deixando a segurança do país nas mãos do governo iraquiano. 

A invasão, que na altura foi apoiada pela maioria do povo americano - que ainda tinha na memória o ataque às Torres Gémeas, em Nova Iorque, em 2001 - foi considerado um "erro". De acordo com um estudo levado a cabo pelo Centro de Estudos Pew,, em 2019, 62% dos habitantes dos EUA consideravam que "a guerra não valeu a pena". Na mesma pesquisa, quando questionados apenas veteranos, este número subia para 64%.

A ideia de que havia armas nucleares em território iraquiano continuou a ser defendida durante muito tempo, e não só no início, quando, um mês após a invasão, o então secretário de Estado dos EUA, Colin Powell, discursou no Conselho de Segurança nas Nações Unidas. Cinco anos depois da invasão, o responsável disse que "se ia sempre arrepender" do que aconteceu no Iraque. "Foi em erro terrível de todas as partes. Quem me dera que tivesse sido diferente", admitiu. 

Segundo  um balanço feito em 2021, dez anos após a retirada total das tropas, os custos desta guerra foram muito elevados. Pelo menos.4.480 militares norte-americanos morreram mais de 32 mil ficaram feridos. De acordo com os números citados num artigo do USA Today, mais de 100 mil civis iraquianos morreram neste conflito. Pouco mais de 800 mil mil milhões de dólares foram gastos durante este conflito.

Veja alguma das imagens que marcaram esta guerra.

Leia Também: Guerra no Iraque começou há 20 anos. Armas químicas nunca foram achadas

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