Após o acordo anunciado pelos ministros da União Europeia à Ucrânia, que inclui um aumento da produção militar no bloco europeu, a ministra da Defesa disse que Portugal, no âmbito desse acordo, deverá investir entre 14 a 27 milhões de euros no mecanismo europeu de apoio à paz, que permitirá então a aquisição de munições.
Em Bruxelas, numa conferência de imprensa ao lado do ministro dos Negócios Estrangeiros, Helena Carreiras começou por salientar que Portugal "já forneceu 2 mil munições de morteiro de 120mm", mas explica que "não há, de facto, uma capacidade alargada de disponibilização de munições".
"Participaremos no esforço coletivo, quer para a reposição dos nossos próprios stocks, quer para avaliar e continuar a avaliar a possibilidade de enviar para a Ucrânia munições", disse.
Helena Carreiras esclareceu que, relativamente aos dois mil milhões de euros que a UE vai gastar, Portugal irá contribuir com um montante proporcional à sua participação.
"Entre 2023 e 2027, vamos contribuindo com valores variam entre os 14 e os 27 milhões de euros. Está agora em cima da mesa a possibilidade de, para além disto, para sustentar o próprio mecanismo, avançar com mais 3.500 milhões de euros. E isso, a ser confirmado, vai obrigar-nos certamente a um esforço adicional - nesse caso, caberia a Portugal algo como 52 milhões de euros. Tudo isto ainda a confirmar e a definir do ponto de vista dos objetivos e áreas concretas a aplicar esses fundos". disse.
Esta segunda-feira, através do Twitter, Josep Borrel anunciou a aprovação de um apoio de um milhão de euros em rondas que serão entregues "imediatamente", com outro milhão de euros a serem investidos na aquisição conjunta de munições.
O apoio dos ministros, bloco de governantes conhecido como 'Jumbo', também inclui uma "comissão para acelerar a capacidade de produção" de munições.
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