O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, reconheceu, esta quarta-feira, que “é angustiante olhar para as cidades do Donbass”, a região onde se concentram os combates mais intensos da invasão russa.
No seu discurso habitual à nação, citado pela presidência da Ucrânia, o chefe de Estado ucraniano falou sobre a sua visita a Bakhmut, no leste do país, e afirmou que “é angustiante olhar para as cidades do Donbass, para as quais a Rússia trouxe um sofrimento e destruição terríveis”.
“A sirene de alerta aéreo quase constante e de hora a hora em Kramatorsk, a constante ameaça de bombardeamentos, a constante ameaça à vida…”, relatou, sublinhando que o país irá “assegurar a vitória ucraniana”.
“Em todas as zonas do leste do nosso país, onde há uma bandeira ucraniana, há também esperança. É sentida. Faremos tudo para que as cores azul e amarela continuem o seu movimento de libertação - devolvendo a vida normal a toda a nossa terra, desde Donetsk até à fronteira”, sublinhou.
Sobre os bombardeamentos de hoje à cidade de Zaporíjia e à região de Kyiv, Zelensky garantiu que “todos os ataques russos receberão uma resposta militar, política, e legal”.
“A Rússia vai perder esta guerra. Não há nenhum sujeito no mundo que ainda não sinta isto. Todos compreendem tudo isto. E todos os assassinos russos devem compreender que um mandado de captura é a melhor coisa que lhes pode acontecer”, atirou.
O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou a 24 de fevereiro de 2022 com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.
A ONU confirmou que mais de oito mil civis morreram e cerca de 13 mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.
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