"A manifestação, que correu bem, tornou-se extremamente violenta e preocupante", disse Anne Hidalgo após uma reunião do "gabinete de crise" municipal que acompanha os movimentos sociais e os protesto contra a lei que alterou a idade de reforma.
Os incidentes violentos e confrontos com a polícia marcaram a manifestação decretada pelos sindicatos na quinta-feira, a nível nacional.
"Condeno os atos de violência, porque distraem as atenções sobre um assunto para o qual a grande maioria do povo francês está de acordo: a retirada da lei sobre as pensões", disse a presidente da Câmara de Paris.
Hidalgo criticou também "a teimosia" do chefe de Estado, referindo que o discurso de Macron na quinta-feira "só veio piorar a situação".
Segundo o ministro do Interior francês, Gérald Darmanin, durante os protestos foram detetados 140 "focos de incêndio" na cidade, a maior parte em contentores de lixo que se encontram lotados devido à greve dos trabalhadores de recolha e limpeza.
Mais de nove toneladas de lixo continuam acumuladas nas zonas pedonais da capital francesa, apesar da requisição de trabalhadores de recolha decretada pelo Executivo.
A autarca da capital, ex-candidata socialista às eleições presidenciais francesas é acusada pelos adversários políticos e comerciantes de Paris de "fazer muito pouco" para limitar os efeitos da greve dos funcionários de limpeza urbana.
Os distúrbios que marcaram alguns protestos de quinta-feira em França levaram à detenção de 457 manifestantes e 441 agentes ficaram feridos, sobretudo em Paris, indicou hoje o Ministério do Interior.
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