"O nosso objetivo é que a Ucrânia possa aproximar-se da NATO e converter-se não apenas em país convidado, mas num membro de pleno direito", afirmou Gabriellus Landsbergis, numa conferência de imprensa conjunta em Kiev com o seu homólogo ucraniano, Dmytro Kuleba.
"Não vejo uma arquitetura de segurança europeia na qual a Ucrânia não seja membro. Isto significa que nada na Europa estará a salvo enquanto a Ucrânia não estiver aí", sustentou o chefe da diplomacia lituano, antes de assinalar que a Lituânia desempenhará um papel importante neste tema durante a cimeira que vai decorrer entre 11 e 12 de julho.
Por sua vez, Kuleba indicou que uma eventual aceitação da Ucrânia na cimeira de Vilnius significaria um feito "histórico", apesar de reconhecer que se conformaria com decisões menos ambiciosas.
"A nossa intenção consiste em avançar o possível para conseguir esse objetivo. Se formos aceites na NATO durante a cimeira de Vilnius seria completamente histórico, mas se dermos um passo importante até uma parceria, já será considerado um avanço", disse Kuleba.
O ministro ucraniano também frisou que "o destino e a segurança" da Europa se decidem atualmente na geografia ucraniana, e que a paz e estabilidade na Europa implicam uma "plena e incondicional" adesão da Ucrânia à NATO.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia -- foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
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