Quatro dos envolvidos na morte de Tyre Nichols perdem licença de agente
Quatro dos cinco ex-polícias de Memphis acusados do assassinato de Tyre Nichols, um homem negro algemado e brutalmente espancado, perderam a licença que os habilitava a trabalhar como oficiais no Tennessee.
© Getty Images
Mundo Tyre Nichols
A Comissão de Normas e Formação de Oficiais de Paz decidiu hoje retirar as habilitações de agente a Demetrius Haley, Emmitt Martin, Justin Smithe Desmond Mills, avança a agência de notícias Associated Presse (AP), acrescentando que os ex-oficiais têm agora 30 dias para recorrer.
O espancamento do homem negro de 29 anos de idade aconteceu durante uma operação stop na noite de 7 de janeiro, tendo o jovem morrido três dias depois no hospital, a 10 de janeiro.
A comissão divulgou documentos mostrando que Haley arrastou Nichols do seu veículo sem nunca lhe explicar os motivos da detenção, tendo depois sido esmurrado pelos oficiais.
Os primeiros relatos policiais minimizaram a violência, posições que foram posteriormente refutados por depoimentos de testemunhas e vídeos de polícia e vigilância.
Os cinco antigos agentes da polícia acusados de homicídio em segundo grau declararam-se todos inocentes, recorda a AP.
O Departamento de Polícia de Memphis tinha pedido a suspensão vitalícia de sete agentes de Memphis envolvidos, mas um deles acabou por se reformar antes de poder ser despedido.
A audiência do quinto ex-oficial acusado, Tadarrius Bean, ainda não decorreu, enquanto os outros dois ex-oficiais restantes nunca chegaram a ser acusados: Preston Hemphill demitiu-se após disparar uma arma de choque contra Nichols e Dewayne Smith chegou ao local após o espancamento, tendo também optado por se demitir.
Durante o funeral de Nichols, a vice-presidente Kamala Harris instou os legisladores a aprovarem a Lei George Floyd Justice in Policing Act, um pacote de reformas que prevê a criação de um registo nacional para agentes da polícia disciplinados por má conduta, uma proibição de mandados de captura e outras medidas.
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