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Ameaça russa? Biden defende integridade territorial da Ásia Central

O presidente dos EUA, Joe Biden, defendeu hoje a integridade territorial da Ásia Central perante uma eventual ameaça russa, num telegrama enviado ao líder do Turquemenistão, Serdar Berdimuhamedov, na véspera das eleições legislativas neste país central asiático.

Ameaça russa? Biden defende integridade territorial da Ásia Central
Notícias ao Minuto

13:14 - 25/03/23 por Lusa

Mundo EUA

Biden expressou o seu apoio "à soberania e integridade territorial da Ásia Central", região visitada recentemente pelo secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken.

O presidente norte-americano destacou a solidez das relações bilaterais desde a independência da república banhada pelo mar Cáspio, em 1991, e felicitou o povo turquemeno pelo festival 'Nowruz', que comemora a chegada da primavera.

Os países da Ásia Central não aderiram às sanções ocidentais contra a Rússia na sequência da guerra de Moscovo contra a Ucrânia, mas defendem uma solução diplomática e não apoiam a anexação russa de quatro regiões ucranianas, que foi inclusive rejeitada publicamente pelo Cazaquistão.

No entanto, os cinco países da Ásia Central - Cazaquistão, Usbequistão, Turquemenistão, Tajiquistão e Quirguistão - abstiveram-se ou não votaram a resolução da Assembleia Geral da ONU adotada há um mês para instar a Rússia a retirar as suas tropas e a por fim à guerra.

A Ásia Central é considerada "o quintal" da Rússia e é a única região, com exceção do Irão, para onde o Presidente russo, Vladimir Putin, viajou desde o início dos combates na Ucrânia, em fevereiro de 2022.

Dos cinco países da Ásia Central, o Tajiquistão é o único que assinou e ratificou o tratado de Roma sobre o Tribunal Penal Internacional, que emitiu um mandado de prisão contra Putin.

O Usbequistão e o Quirguistão também o assinaram, mas não o ratificaram, enquanto o Cazaquistão e o Turquemenistão nunca o assinaram.

O Turquemenistão, muitas vezes comparado à Coreia do Norte devido ao seu regime autoritário e reservado, realiza no domingo eleições para o parlamento, nas quais podem votar 3,5 milhões de eleitores.

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