Subiu para pelo menos 39 o número de migrantes mortos num incêndio numa delegação do Instituto Nacional de Migração (INM) mexicano, em Cidade Juárez, na fronteira do México com os Estados Unidos, confirmou a instituição esta terça-feira.
De acordo com o presidente mexicano, Andrés Manuel Lopez Obrador, o incêndio aparentemente teve início quando um grupo de imigrantes ateou fogo em colchões em protesto, após descobrirem que seriam deportados.
"Não acreditaram que iiria provocar esta terrível tragédia", disse Lopez Obrador em conferência de imprensa, observando que a maioria dos migrantes nas instalações era da América Central e da Venezuela.
Ao todo, havia 68 migrantes nas instalações, localizadas na ponte internacional Stanton-Lerdo, que liga a Cidade Juárez a El Paso, no Texas. Vinte e nove deles ficaram feridos no incêndio e foram levados para quatro hospitais da região.
Entre as vítimas mortais estão imigrantes do Guatemala e das Honduras, adianta a agência Reuters.
O fogo foi entretanto extinto e a sua origem está a ser investigada.
A presença de migrantes na área intensificou-se este ano, desde que os Estados Unidos anunciaram novas medidas que incluem a deportação imediata de migrantes do Haiti, Venezuela, Nicarágua e Cuba.
A região vive um fluxo migratório recorde, com 2,76 milhões de migrantes ilegais detidos na fronteira entre os Estados Unidos e o México em 2022 e, segundo dados da Organização Internacional para as Migrações (OIM), o fluxo migratório aumentou 8% no território mexicano.
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