Uma mulher, de 28 anos, tentou vender o filho recém-nascido no hospital de Don Benito-Villanueva de la Serena, na cidade espanhola de Badajoz, a uma família romena, mas acabou detida pelas autoridades. Segundo a Polícia Nacional, foi ainda detido o casal que pagou dois mil euros pela criança.
Em comunicado, divulgado esta terça-feira, a autoridade espanhola referiu que o bebé nasceu na noite de ontem e o alerta foi dado pelos funcionários do hospital, após a mulher querer registar “o bebé com dados que não coincidiam com os que apareciam no seu histórico clínico”.
Além disso, quando deu entrada no hospital, a grávida recusou-se a fornecer documentos originais e apresentou apenas uma “fotocópia de um cartão de saúde em nome de uma mulher cujo histórico clínico não era compatível com o seu exame físico”.
Já no hospital, os agentes da Polícia Nacional interrogaram o suposto pai da criança e, “após numerosas incongruências nas suas declarações”, puderam apurar que a mãe do bebé tinha sido admitida com os dados da sua mulher.
O homem confessou que tinha pagado dois mil euros na Roménia para comprar o recém-nascido e admitiu que não era casado com a mãe do bebé. O acordo foi realizado há cerca de três meses.
O casal, um homem de 42 anos e uma mulher de 43, foram detidos na noite passada. Já a mãe da criança ficará sob custódia policial até ter alta.
Durante o fim de semana foi noticiado um caso semelhante em Sevilha, em que dois casais, dois homens e duas mulheres também de origem romena, foram detidos por tentarem comprar e vender um recém-nascido.
O crime ocorreu no Hospital Materno-Infantil de Virgen del Rocío e foram também os registos médicos que o denunciaram. Na altura, a Polícia Nacional referiu tratar-se de um esquema de barriga de aluguer, prática que é ilegal em Espanha.
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