Tiroteio em Nashville. "Crianças desceram de uma colina e todos parámos"
Um condutor que estava na zona onde, na segunda-feira, aconteceu um tiroteio numa escola cristã, em Nashville, no estado norte-americano do Tennessee, explicou que o trânsito parou para que as crianças que fugiam do local pudessem passar a estrada.
© Reuters
Mundo EUA
Um homem que passou junto à escola cristã de Nashville, no estado norte-americano do Tennessee, no momento em que um tiroteio que matou seis pessoas - incluindo três crianças - estava a acontecer, contou a sua experiência.
"Estava na zona quando ouvi entre dez a 15 tiros - talvez mais - e estava a tentar sair do local quando vi uma mulher na frente a abanar os braços - tinha crianças atrás dela. Somei dois mais dois, e aquele momento atingiu-me", começou por explicar Jason Hoffman. O condutor referiu ainda que na altura "não tinha ideia do que se estava a passar". Foi apenas quando as notícias de mais um tiroteios nos Estados Unidos chegaram às televisões que o homem tomou plena consciência do que se tinha passado. "Quando ainda estava rodeado de polícias", notou.
Questionado sobre o que foi vendo, Hoffman referiu que muitas pessoas começaram a aparecer - não só funcionários, como família e amigos de eventuais vítimas. "As pessoas estavam a chorar. As crianças estavam do outro lado da estrada [junto ao bosque] e levaram-nos para um lugar seguro", apontou, acrescentando que quando os mais jovens ficaram em segurança todos se sentiram melhor.
"A igreja fica fica numa colina que fica rodeada de mato e eles desceram até à estrada, e ali ficaram. Saí imediatamente do carro, as pessoas que conduziam ao meu lado também. Assim que vimos as crianças, todos parámos, e garantimos que ficavam em segurança", rematou.
O ataque aconteceu na segunda-feira, e fez seis vítimas. entre as quais três crianças de nove anos e o diretor da escola primária, um auxiliar e um professor substituto, todos na casa dos 60 anos. A atiradora era uma antiga aluna da instituição, que, de acordo com as autoridades estava sob os cuidados de um médico por causa de um distúrbio emocional não revelado. A agressora, Audrey Hale, de 28 anos, acabou por ser morta pelas autoridades.
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