"Na nossa estratégia tática, caracterizamo-nos como sendo anti-neocolonialismo, o que nos fez aceitar o convite do Rússia Unida para participar num encontro de cerca de 30 partidos da América Latina, África e Ásia", declarou ao canal público sul-africano, SABC, Obed Bapela, vice-presidente do subcomité de Relações Internacionais do ANC.
Obed Bapela, que é também vice-ministro das Empresas Públicas no executivo do Presidente da República Cyril Ramaphosa, atual presidente do ANC, destacou na agenda do encontro na Federação Russa "o estabelecimento de um fórum interpartidário de todas as organizações que são anti-neocolonialismo, mas que também defendem um mundo multipolar".
Pretória convidou o Presidente Vladimir Putin a visitar a África do Sul, que receberá a cimeira de chefes de Estado e de Governo do grupo de economias emergentes BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China, e África do Sul), em agosto, na cidade portuária de Durban, sudeste do país, apesar do mandado de detenção do Tribunal Penal Internacional (TPI) contra o Presidente russo.
Como Estado-membro do TPI, a África do Sul é obrigada a cooperar na detenção de Putin, depois de o tribunal internacional ter emitido recentemente um mandado de detenção para o líder russo por alegados crimes de guerra.
A África do Sul afirmou no ano passado ter adotado uma posição neutra na guerra da Rússia contra a Ucrânia, e apelou ao diálogo e à diplomacia para resolver o conflito.
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