De acordo com a agência de notícias espanhola EFE, o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) disse que "três semanas depois do início antecipado da temporada das chuvas na Somália, que geralmente decorre de abril a junho, cerca de 100 mil pessoas foram afetadas pelas chuvas torrenciais e pelas inundações em muitas áreas".
No comunicado, o OCHA acrescenta que 21 mortos foram registados no distrito de Bardhere, na região de Jubalandia, incluindo seis crianças, e mais duas pessoas nas regiões nortenhas de Togdhir e Audal.
Para além disso, as Nações Unidas salientaram que as chuvas e as inundações chegam depois de cinco temporadas de seca que deslocaram mais de 1,4 milhões de pessoas e mataram mais de 3,8 milhões de cabeças de gado desde meados de 2021.
"Se bem que as chuvas e as águas dos rios darão algum alívio às comunidades afetadas pela seca, a natureza prolongada da seca e as projeções mostram que há 50% de hipóteses de que as chuvas fiquem abaixo dos níveis normais", acrescenta-se no comunicado.
A temporada das chuvas, na sua versão mais moderada, é imprescindível para os agricultores e pastores da Somália reconstruírem as culturas e pastagens para os meses secos, mas de acordo com os peritos da ONU, o país está prestes a experimentar a sua sexta estação consecutiva de chuvas abaixo da média, um fenómeno sem precedentes desde o início dos estudos, mesmo apesar das chuvas dos últimos dias.
Leia Também: Somália anuncia que matou 25 suspeitos de serem membros do Al-Shebab