Foi pescar com marido e ele morreu. Ficou uma semana à deriva com o corpo
De acordo com relatos da mulher à família e à polícia, o homem sofreu um enfarte.
© Reprodução
Mundo Brasil
Uma pescadora ficou à deriva no Amazonas, no Brasil, durante quase uma semana, com o corpo do marido no barco. A mulher alimentou-se de peixe cru e chegou a defender o corpo do marido de urubus, segundo relatos da família do casal.
O homem terá sofrido um enfarte enquanto pescava.
Segundo o g1, Maria das Graças Mota Bernardo, de 64 anos, foi resgatada na terça-feira, dia 4, junto com o corpo de José Nilson de Souza Bernardo, de 69.
Ao mesmo meio, a filha do casal, Cristiane Bernardo, contou como a mãe sobreviveu e protegeu o corpo do marido, enquanto a embarcação estava à deriva.
Pescadora desaparecida é achada à deriva com corpo do marido em barco no AM pic.twitter.com/UgSD8Kctqr
— Junior Melo TERRA🇧🇷🇮🇱 (@juniormelorn_) April 5, 2023
Conforme os relatos de Maria das Graças à família, por volta de meia-noite de quarta-feira, primeiro dia de pesca, José Nilson sentiu-se mal e morreu.
Maria das Graças contou ainda que estranhou os comentários do marido, porque chovia. "Ela disse que ele levantou, deu grito e caiu. Ele levantou da rede com dificuldade. Ela pegou, ela levantou a cabeça dele e ele deu o último suspiro", relatou Cristiane.
Segundo a filha, foi a primeira vez que a idosa saiu para pescar com o marido. "Eles tinham planeado essa viagem há meses. Ele queria levá-la. Ia ser o momento deles", contou.
A mulher decidiu então procurar ajuda, mas o motor da embarcação parou e a mulher passou os dias a remar.
Cristiane contou que, nos primeiros dias, a mãe alimentou-se de peixe cru e farinha. No terceiro dia, um homem passou pela embarcação numa canoa com motor e, embora Maria tenha pedido ajuda, o homem negou-lha.
Quando o corpo de José Nilson começou a entrar em decomposição, Maria remou com mais intensidade.
"Ela começou a remar. Não conseguia mais dormir. A força dela era para trazer o corpo dele para casa, trazer para a família, para dar um enterro digno", contou Cristiane.
Antes de ser encontrada pela Marinha, Maria amarrou uma corda ao próprio corpo. "Ela sabia que a qualquer momento poderia cair para dentro da água e ela não sabe nadar", disse ainda a filha.
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