Os procuradores do Ministério Público da Suécia que investigam as suspeitas de sabotagem no gasodutos Nord Stream referiram, esta quinta-feira, que vai difícil determinar quem provocou as explosões no Mar Báltico no ano passado.
"A nossa esperança é poder confirmar quem cometeu este crime, mas deve-se notar que provavelmente será difícil dadas as circunstâncias", sublinhou o promotor Mats Ljungqvist num comunicado, citado pela Reuters. "Estamos a trabalhar incondicionalmente, a revirar cada pedra e sem deixar nada ao acaso", acrescentou.
Segundo Mats Ljungqvist, "há uma variedade de informações e relatórios sobre a sabotagem contra os gasodutos" e o "o incidente, obviamente, tornou-se palco para diferentes tentativas de influência"
"Essas especulações não têm impacto na investigação em curso, que se baseia em fatos e informações que surgiram de análises, investigações ao local do crime e acontece em colaboração com autoridades da Suécia e de outros países".
Recorde-se que, no final de setembro, foram registadas fugas nos gasodutos nas imediações da ilha dinamarquesa de Bornholm, tendo as investigações feitas pelos países ribeirinhos confirmado que as fugas aconteceram na sequência de explosões provocadas deliberadamente.
Hersch publicou na semana passada um artigo no qual uma fonte anónima afirmava que a sabotagem foi realizada por agentes norte-americanos com a cumplicidade do Governo norueguês, informação desmentida tanto por Washington como por Oslo.
A Rússia já tinha acusado os países "anglo-saxónicos" de responsabilidade na sabotagem do Nord Stream, com o Presidente russo, Vladimir Putin, a classificar as explosões como "ataque terrorista internacional".
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