O anterior balanço do naufrágio dava conta de 24 vítimas mortais.
Na quarta-feira, no dia seguinte ao incidente, a Guarda Costeira tunisina avançou que tinha recuperado 10 corpos e resgatado 72 migrantes com vida depois do naufrágio de uma embarcação precária ao largo de Sfax, centro leste do país.
Na mesma ocasião, as autoridades não conseguiram determinar quantos migrantes estariam a bordo da embarcação que tinha zarpado da Tunísia em direção à costa italiana no Mediterrâneo.
A Tunísia, com algumas zonas costeiras a menos de 150 quilómetros da ilha italiana de Lampedusa, regista com muita regularidade incursões de migrantes, principalmente de países da África subsaariana, que pretendem chegar à Europa, via Itália.
Várias dezenas de migrantes oriundos da África subsaariana morreram nas últimas semanas na sequência de naufrágios de embarcações precárias nesta zona, que são exploradas por redes de tráfico.
As saídas via território tunisino intensificaram-se após um discurso proferido em 21 de fevereiro pelo Presidente da Tunísia, Kais Saied, no qual teceu fortes críticas à imigração ilegal, apresentando-a como uma ameaça demográfica para o país.
A maioria dos migrantes africanos chega à Tunísia e depois tenta imigrar ilegalmente por mar para a Europa.
A Tunísia integra a chamada rota do Mediterrâneo Central, uma das rotas migratórias mais mortais, que também sai da Líbia e da Argélia em direção à Europa, nomeadamente aos territórios italiano e maltês.
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