Lavrov e Guterres discutem acordo sobre cereais na próxima semana

O encontro irá decorrer em Nova Iorque, nos Estados Unidos da América (EUA). A Iniciativa do Mar Negro, que permite a exportação de cereais ucranianos, está em vigor até 18 de maio.

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© Russian Foreign Ministry/Anadolu Agency via Getty Images

Notícias ao Minuto
18/04/2023 17:30 ‧ 18/04/2023 por Notícias ao Minuto

Mundo

Guerra na Ucrânia

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Sergey Lavrov, e o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, vão discutir o acordo sobre a exportação de cereais ucranianos através do Mar Negro na próxima semana. 

Segundo avança a agência de notícias russa TASS, o encontro decorrerá em Nova Iorque, nos Estados Unidos da América (EUA) e surge numa altura em que a Rússia já alertou que poderá não prolongar o acordo. 

Na semana passada, Lavrov afirmou que “sem progressos na solução de cinco problemas sistémicos (...) não se pode falar de estender a Iniciativa do Mar Negro”, que está em vigor até ao próximo dia 18 de maio. 

Sublinhe-se que a Iniciativa do Mar Negro para a circulação de cereais foi assinada em julho do ano passado entre a Ucrânia e a Rússia, sob a intervenção diplomática da Turquia.

O acordo estabeleceu um prazo de 120 dias, renovável pelo mesmo período sob a concordância das partes. No passado dia 18 de março, a Rússia prolongou a vigência do tratado apenas por 60 dias porque, segundo Moscovo, só se cumpriu "metade do acordo".

O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou a 24 de fevereiro de 2022 com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.

A ONU confirmou que mais de oito mil civis morreram e cerca de 14 mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.

Leia Também: Nuclear? Medvedev lembra Hiroshima e Nagasaki e acusa EUA de "hipocrisia"

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