Num discurso perante o Conselho Permanente da OEA, o presidente colombiano assegurou ter interesse e estar a "lutar" para reintegrar o governo de Nicolás Maduro na organização e considerou que também é preciso conversar com Cuba para que volte à organização.
"Proponho refazer a Carta Democrática", afirmou, lembrando que foram tomadas ações no continente que contradizem os valores fundadores da OEA, citando como exemplo o caso do Peru e criticou a destituição e posterior prisão do ex-presidente Pedro Castillo.
"A Carta Democrática diz que apenas uma decisão judicial tira os direitos políticos, então por que estão a tirar os direitos políticos do povo sem uma decisão?", disse Gustavo Petro.
No discurso, o presidente colombiano contou a história da OEA, fundada em 1948 em Bogotá, garantindo que os princípios fundadores da organização respondiam à época a valores "liberais" em resposta à "revolução socialista cubana".
Petro propôs aos estados membros da organização "enriquecer" a carta democrática, incluindo direitos como "a igualdade das mulheres ou os direitos da natureza" e, assim, "expandi-la em direção a uma democracia mais viva e rica, que não é mais encontrada na Europa Ocidental ou na NÓS".
O governo dos Estados Unidos, o principal financiador da OEA, tem resistido a permitir que a OEA seja restabelecida antes de uma nova eleição presidencial no país.
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