Este último dia, que dá início à celebração do Eid al-Fitr, está a ser acompanhado por um importante dispositivo de segurança israelita para tentar evitar a ocorrência de incidentes.
O departamento de assuntos da mesquita de Al-Aqsa e do Waqf, organismo encarregado dos bens muçulmanos em Jerusalém, explicaram que as pessoas participaram nas orações nos pátios da mesquita e no complexo da Esplanada das Mesquitas.
Segundo as autoridades israelitas, as orações decorreram num ambiente pacífico.
De acordo com a agência de notícias palestiniana WAFA, agentes israelitas terão atacado vários palestinianos perto da Porta dos Leões, um dos principais acessos à Cidade Velha de Jerusalém, quando se dirigiam para a Esplanada das Mesquitas.
"Enquanto milhares de fiéis muçulmanos chegaram calmamente para as orações matinais do Eid al-Fitr, alguns manifestantes chegaram ao local para causar distúrbios, prejudicar alguns dos fiéis, profanar um local sagrado e incitar ao terrorismo", afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros de Israel, numa mensagem publicada na rede social Twitter.
Cerca de quatro milhões de pessoas rezaram na Esplanada das Mesquitas durante o Ramadão, um mês marcado por vários incidentes.
No passado dia 05 de abril, polícias israelitas entraram na mesquita de Al-Aqsa e envolveram-se em confrontos com palestinianos que se tinham barricado no templo com pedras e fogo-de-artifício.
Na altura, as autoridades israelitas disseram que a polícia tentou negociar a evacuação da mesquita, sem sucesso, o que levou os agentes a entrar no templo, "onde foram recebidos com violência".
Em imagens publicadas nas redes sociais é possível ver agentes a carregarem contra fiéis muçulmanos no interior da mesquita.
A Esplanada das Mesquitas, conhecida pelos judeus como Monte do Templo, é o coração religioso de Jerusalém Oriental, tendo a sua construção começado no século VII.
A esplanada cobre 14 hectares com vista para a Cidade Velha de Jerusalém e situa-se no setor palestiniano da cidade, ocupada e anexada por Israel desde a Guerra dos Seis Dias, em 1967.
É o terceiro local mais sagrado do Islão --- depois da Grande Mesquita de Meca e da Mesquita do Profeta de Medina, na Arábia Saudita --- e o mais sagrado do judaísmo.
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