Mayorkas anunciou hoje a criação de um grupo de trabalho dentro do seu departamento para explorar a forma como esta tecnologia pode ser utilizada para aumentar a segurança nos EUA, controlar o uso da substância e acabar com o tráfico de fentanil.
"Vamos explorar os diferentes usos desta tecnologia para melhor detetar os carregamentos de fentanil, identificar e apreender o fluxo de produtos químicos precursores, e localizar os núcleos de organizações criminosas para os desmantelar", referiu o mesmo responsável, numa conferência no Conselho de Relações Exteriores, com sede em Washington.
O seu departamento está também interessado em explorar a forma como a IA pode ser utilizada para combater ataques de ciber-segurança por atores estrangeiros, incluindo a China e a Rússia.
"Temos de abordar as muitas formas através das quais a inteligência artificial irá alterar dramaticamente o cenário de ameaças e aumentar os instrumentos que possuímos para ter sucesso contra estas ameaças", salientou Mayorkas.
O uso de fentanil nos EUA, uma substância que deixou mais de 100 mil pessoas no país mortas por overdoses no ano passado, levou a administração do Presidente Joe Biden a tomar medidas para refrear a utilização da substância.
Entre elas está uma tentativa de reforçar a cooperação com o vizinho México, que os EUA apontam como um dos principais países através dos quais a droga entra no seu território.
O Presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, respondeu que a crise da overdose opióide é uma questão de saúde pública que os EUA devem abordar, tendo mesmo negado que o fentanil seja fabricado no seu país, argumentando que a substância vem da Ásia para a América do Norte.
Na sua proposta de orçamento para 2024, Biden pediu ao Congresso 46,1 mil milhões de dólares (cerca de 41 mil milhões de euros) para a sua estratégia anti-droga.
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