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Quatro polícias e dois civis mortos por suspeitos separatistas na Nigéria

Quatro polícias e dois civis foram mortos por alegados militantes separatistas num tiroteio, esta sexta-feira, enquanto patrulhavam o sudeste da Nigéria, informou hoje a polícia, citada pela agência France-Presse.

Quatro polícias e dois civis mortos por suspeitos separatistas na Nigéria
Notícias ao Minuto

13:06 - 22/04/23 por Lusa

Mundo Nigéria

O ataque ocorreu na região de Ngor-Okpala, no estado de Imo, onde atuam o grupo separatista dos Povos Indígenas de Biafra (IPOB) e o seu braço armado, a Rede de Segurança do Leste(ESN).

Nos últimos dois anos, os ataques atribuídos ao IPOB mataram dezenas de polícias nos estados do sudeste da Nigéria, onde este grupo faz campanha por um estado independente para o grupo étnico Igbo.

"Quatro polícias ligados ao Comando Regional de Ngor-Okpala pagaram o preço mais alto por travarem um tiroteio com as milícias IPOB e ESN, vestidas com uniformes de cerimónia pretos e vermelhos durante o tiroteio", disse a polícia do Estado de Imo num comunicado.

"Uma bala perdida dos separatistas matou dois civis", referiu.

O IPOB negou insistentemente estar por trás dos ataques à polícia, escritórios do governo local e prédios de agências eleitorais.

O separatismo é um tema sensível na Nigéria, onde a declaração de uma República independente de Biafra por oficiais do exército Igbo no sudeste, em 1967, desencadeou uma guerra civil de três anos que matou mais de um milhão de pessoas.

A nação mais populosa da África está dividida em partes iguais entre o norte predominantemente muçulmano e o sul predominantemente cristão, com dezenas de grupos étnicos em todo o país.

A violência separatista é apenas um dos desafios de segurança que o presidente eleito Bola Ahmed Tinubu enfrenta, enquanto as forças armadas combatem uma insurgência jihadista que dura há 14 anos no nordeste e milícias de bandidos fortemente armados nos estados do noroeste e do centro.

Bola Tinubu, ex-governador de Lagos, assumirá o cargo no próximo mês, depois de vencer uma eleição em fevereiro marcada por falhas técnicas, atrasos e alegações da oposição de fraude eleitoral em massa.

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