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Presidente da Colômbia muda sete dos ministros do seu Governo

O Presidente da Colômbia, Gustavo Petro, anunciou hoje uma remodelação ministerial que inclui a mudança de sete dos seus ministros, entre eles alguns considerados cruciais, como os das Finanças, Interior e Saúde.

Presidente da Colômbia muda sete dos ministros do seu Governo
Notícias ao Minuto

06:44 - 27/04/23 por Lusa

Mundo Colômbia

"Hoje está a ser construído um novo gabinete que ajudará a consolidar o programa de governo, um programa que será a base de um acordo nacional franco e sincero para continuar a trabalhar para servir as comunidades em todo o país", disse Petro, num comunicado onde anunciou as mudanças.

Entre as alterações mais notórias estão as do ministro das Finanças, José Antonio Ocampo, considerado um nome de confiança dos mercados; do ministro do Interior, Alfonso Prada; e da ministra da Saúde, Carolina Corcho, muito criticada por alguns setores devido ao seu projeto de reforma da saúde, em parte o gatilho para a crise ministerial.

Os ministros da Agricultura, Cecilia López; da Ciência, Arturo Luna; das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC), Sandra Urrutia; e dos Transportes, Guillermo Reyes, criticado pela forma como lidou com a crise aérea do país, estão também de saída.

Os novos nomes anunciados por Gustavo Petro são o ministro das Finanças, Ricardo Bonilla; o do Interior, Luis Fernando Velasco; o da Saúde, Guillermo Alfonso Jaramillo; a da Agricultura, Jhenifer Mojica; a da Ciência, Yesenia Olaya; o das TIC, Mauricio Lizcano, e o dos Transportes, William Camargo.

Lizcano, que era diretor do Departamento Administrativo da Presidência (Dapre), foi substituído por Carlos Ramón González.

Muitos dos novos ministros foram secretários de Petro durante o seu período como autarca de Bogotá, entre 2012 e 2015, incluindo Bonilla, Jaramillo e Camargo.

Petro acrescentou que a mudança, que ocorre um dia depois de ter pedido a demissão formal de todo o seu gabinete, se deve às dificuldades que o seu programa de governo, e especialmente as suas reformas sociais, têm encontrado no Congresso, onde o Pacto Histórico, coligação de esquerda que o levou à presidência, não tem maioria.

"Apesar de o meu Governo e o seu compromisso com o diálogo e o pacto terem sido rejeitados por alguns líderes políticos tradicionais e do ´establishment`, vamos persistir com o nosso programa e a nossa vocação para grandes acordos nacionais", acrescentou o presidente.

Com exceção de Carolina Corcho, muito próxima de Petro, e de Alfonso Prada, a maioria dos ministros que deixam o Governo são membros ou próximos dos partidos Liberal, Conservador e da U, que não apoiam o projeto de reforma da saúde do Governo no Congresso.

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