França acredita ser possível terminar com o conflito do Nagorno-Karabakh

A chefe da diplomacia francesa defendeu hoje que "é possível terminar" com o conflito do Nagorno-Karabakh, que opõe o Azerbaijão à Arménia há mais de trinta anos.

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Lusa
27/04/2023 14:45 ‧ 27/04/2023 por Lusa

Mundo

Nagorno-Karabakh

"A França não tem outro objetivo a não ser contribuir para a paz e encontrar o caminho da paz", disse Catherine Colonna durante uma conferência de imprensa comum com o homólogo do Azerbaijão, sem fornecer detalhes.

A ministra dos Negócios Estrangeiros francesa, referindo-se diretamente ao conflito da região do Nagorno-Karabakh, acrescentou que se trata de um "processo longo e difícil" mas sublinhou ser possível de alcançar.  

Entretanto, o primeiro-ministro da Arménia, Nikol Pachinian, apelou hoje à Rússia, país mediador do conflito com o Azerbaijão, a garantir o controlo de uma via rodoviária vital de acesso ao enclave.

Recentemente, as autoridades do Azerbaijão instalaram bloqueios ao trânsito na estrada.

Após o cessar-fogo acordado em 2020, a Rússia enviou um contingente de forças de manutenção da paz para o Nagorno-Karabakh onde, asseguraram o trânsito no corredor de Latchine, a única via que liga a Arménia à região separatista de maioria arménia.

No passado domingo, o Azerbaijão instalou novas barreiras nos pontos de acesso ao corredor rodoviário tendo provocado a reação da Arménia que referiu que a estrada está condicionada desde o final do ano passado. 

As forças da Rússia "devem controlar o corredor de Latchine e garantir a circulação", exigiu Nikol Pachinian, após uma reunião governamental em Erevan. 

"Ninguém, além da Federação da Rússia tem o direito de controlar o corredor", disse o primeiro-ministro arménio acusando Baku de pretender "uma limpeza étnica dos arménios do Nagorno-Karabakh".

A instalação da barreira, pelas autoridades de Baku, foi justificada por "questões de segurança", agravou as tensões entre o Azerbaijão e a Arménia. 

As duas ex-repúblicas soviéticas do Cáucaso confrontam-se pelo controlo da região montanhosa do Nagorno-Karabakh destacando-se a guerra dos anos 1990, após a desintegração da União Soviética, e o novo conflito que eclodiu em 2020.  

Na semana passada, Nikol Pachinian, pediu o envio para a região de uma "missão de inquérito internacional" e de uma "presença internacional no corredor de Latchine". 

Na quarta-feira após um encontro entre o primeiro-ministro da Arménia e o chefe de Estado da Rússia, Vladimir Putin, o Kremlin informou através de um comunicado que o governo de Erevan tinha pedido "garantias de estabilidade e de segurança na região".

As últimas declarações de Pachinian ocorrem durante a visita da ministra francesa dos Negócios Estrangeiros a Baku onde se encontrou com o Presidente do Azerbaijão, Ilham Aliev. 

Leia Também: Rússia preocupada com aumento da tensão entre Azerbaijão e Arménia

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