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Pelo menos 14 mortos, incluindo um comandante, num ataque na Nigéria

Pelo menos 14 pessoas, incluindo um comandante do Exército, foram mortas por homens armados num ataque a uma aldeia no centro da Nigéria, disseram hoje as autoridades locais.

Pelo menos 14 mortos, incluindo um comandante, num ataque na Nigéria
Notícias ao Minuto

18:46 - 27/04/23 por Lusa

Mundo Nigéria

O ataque ocorreu na terça-feira, no distrito de Apa, no estado de Benue, onde os confrontos e represálias são comuns entre comunidades de pastores e agricultores.

No ataque, cerca de 10 pessoas foram mortas e militares foram enviados para proteger aquela zona, disse o conselheiro de segurança do governo do estado de Benue, Paul Hemba, citado pela agência France-Presse.

Mas os militares sofreram mais tarde uma emboscada e "o seu comandante pagou um preço elevado" e "foi morto", acrescentou.

"Um militar ainda está desaparecido neste momento, não foi encontrado", avançou.

A polícia do estado de Benue disse que no total foram recolhidos 14 corpos após o ataque.

O motivo do ataque não é claro, mas na origem da crescente violência nestas zonas rurais da Nigéria está a feroz competição pelos recursos entre pastores e agricultores.

Nesta zona, onde as terras de cultivo ou de pastagem são cada vez mais escassas, os conflitos multiplicaram-se e estas comunidades mobilizaram grupos armados para as proteger.

Alguns destes grupos, conhecidos localmente como "bandidos", evoluíram gradualmente para grupos criminosos, atacando e saqueando aldeias, matando os seus habitantes ou raptando-os para obterem um resgate.

No início deste mês, cerca de 50 pessoas foram mortas quando homens armados atacaram outra aldeia no estado de Benue, violência que as autoridades locais atribuíram aos pastores Fulani.

Após o ataque, a Associação de Criadores de Gado Myetti Allah da Nigéria, um sindicato de pastores Fulani, protestou contra a atribuição sistemática das culpas aos pastores sem uma investigação adequada.

O governador de Benue, Samuel Ortom, é um dos críticos mais assumidos dos pastores Fulani e proibiu a transumância no seu estado.

A violência entre comunidades é um enorme desafio na Nigéria, o país mais populoso de África, que elegeu o seu novo Presidente, Bola Tinubu, em fevereiro, numa eleição contestada pela oposição, e que deverá tomar posse no final de maio.

Leia Também: Três trabalhadores humanitários e dois guardas raptados na Nigéria

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