Putin concede estatuto de veteranos de guerra a paramilitares Wagner

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, promulgou hoje uma lei que concede o estatuto de veteranos de guerra e inválidos aos combatentes das quatro regiões anexadas na Ucrânia, e que inclui os membros do grupo paramilitar Wagner.

Notícia

© Reuters

Lusa
28/04/2023 19:26 ‧ 28/04/2023 por Lusa

Mundo

Guerra na Ucrânia

Segundo a lei, na categoria de veteranos e inválidos das operações militares são incluídos os que "tenham assinado um contrato com organizações que ajudem as Forças Armadas russas na realização de tarefas" durante a campanha bélica.

Na perspetiva de Yaroslav Nilov, chefe do Comité de trabalho, Política Social e Assuntos de Veteranos da Duma estatal (câmara baixa do Parlamento), estão incluídas as companhias militares privadas como a Wagner, cujos efetivos combatem atualmente na cidade de Bakhmut, na província de Donetsk (leste da Ucrânia).

A lei também garante o estatuto de veteranos aos que combatem ao lado da Rússia nas regiões ucranianas de Lugansk, Donetsk, Zaporijia e Kherson - anexadas formalmente pelo Kremlin em setembro de 2022 - e às forças separatistas russófonas que se sublevaram no Donbass em 2014 e anunciaram a formação de repúblicas populares autónomas.

O presidente da Duma, Viacheslav Volodin, afirmou na semana passada, no decurso da aprovação da lei pela câmara baixa, que "todos aqueles que arriscam a sua vida para defender [a Rússia] durante a operação militar especial devem ter o mesmo estatuto, o de veterano, e estarem seguros de que o Estado cuidará deles e das suas famílias, independentemente de serem soldados, oficiais ou voluntários".

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 8.574 civis mortos e 14.441 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.

Leia Também: Rússia tem "muitos" apoiantes nos EUA e na Europa, diz Putin

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas