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Três foguetes disparados da Faixa de Gaza contra Israel

Três foguetes foram disparados de Gaza contra Israel esta manhã, depois da notícia da morte do palestiniano Jader Adnan, membro da Jihad Islâmica, após mais de 80 dias de greve de fome em protesto contra a sua detenção.

Três foguetes disparados da Faixa de Gaza contra Israel
Notícias ao Minuto

06:36 - 02/05/23 por Lusa

Mundo Israel/Palestina

Os foguetes caíram "em áreas abertas não povoadas" e não exigiram a ativação do sistema de interceção israelita, informou o exército em comunicado.

Embora o ato não tenha sido reivindicado, acredita-se que o lançamento tenha sido motivado pela morte de Adnan, um membro veterano da Jihad Islâmica, que tem o seu principal reduto na Faixa de Gaza, juntamente com o movimento Hamas, que governa o enclave desde 2007.

O palestiniano estava em greve de fome há quase três meses e morreu sob custódia israelita esta madrugada, anunciaram os serviços prisionais de Israel.

Khader Adnan iniciou a greve pouco depois de ter sido detido, a 05 de fevereiro.

Adnan tinha entrado em greve de fome várias vezes após anteriores detenções. Em 2015, Adnan fez uma greve de 55 dias para protestar contra a detenção ao abrigo da chamada detenção administrativa, na qual os suspeitos podem ser mantidos indefinidamente sem acusação ou julgamento.

Os serviços prisionais israelitas informaram que, desta vez, Adnan foi acusado de "envolvimento em atividades terroristas", mas que recusou tratamento médico enquanto decorriam os procedimentos legais. Adnan foi encontrado inconsciente na cela esta madrugada e transferido para um hospital, onde foi declarado morto.

Segundo o grupo israelita de defesa dos direitos humanos HaMoked, Israel mantém atualmente mais de mil palestinianos detidos sem acusação nem julgamento, o número mais elevado desde 2003.

Israel afirma que este processo ajuda as autoridades a impedir ataques e a deter militantes perigosos sem divulgar material incriminatório por razões de segurança.

Os palestinianos e os grupos de defesa dos direitos humanos afirmam que o sistema é largamente utilizado de forma abusiva e nega o direito a um processo justo, uma vez que a natureza secreta das provas impossibilita os detidos ou os seus advogados organizarem a sua defesa.

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