"O FSB [...] frustrou as atividades da rede de informações do Ministério da Defesa da Ucrânia que planeava levar a cabo uma série de grandes atos de sabotagem e de terrorismo na Crimeia", indicam os serviços de informações da Rússia, referindo-se ao território ucraniano anexado por Moscovo em 2014.
Sete pessoas foram presas e foram apreendidos "engenhos explosivos" e detonadores, acrescenta a nota do FSB que não identifica os alegados "sabotadores".
De acordo com o mesmo documento, os componentes que alegadamente iam ser usados nos engenhos explosivos "foram enviados" da Bulgária.
Os serviços de segurança de Moscovo referem ainda que "esta rede ucraniana visava, em particular, cometer assassinatos de altos funcionários russos" instalados por Moscovo na península anexada da Crimeia.
O governador da Crimeia, Serguei Aksionov, nomeado pelo Kremlin, disse através do sistema de mensagens Telegram que a rede tinha como objetivo "a direção (política) da Crimeia e das infraestruturas" do território.
"Não restam dúvidas de que as pessoas que preparavam os crimes estão em Kiev", acrescentou.
O FSB indicou que o grupo de detidos foi responsável pelos atos de sabotagem contra as linhas de caminho de ferro no passado mês de fevereiro, na Crimeia.
O anúncio do FSB ocorre numa altura em que são noticiadas por Moscovo várias ações e atos apontados como "sabotagem" em território russo, em vésperas das comemorações do 09 de maio.
A data assinala a capitulação da Alemanha nazi e glorifica o Exército Vermelho da antiga União Sovética, em 1945, sendo uma das efemérides mais importantes do calendário político e militar da Rússia.
Em meados de abril, as autoridades russas anunciaram a anulação das celebrações do 09 de maio na Crimeia evocando "problemas de segurança".
Desde a ofensiva da Rússia em 2014 contra território ucraniano que a península anexada da Crimeia tem sido alvo de ataques de aparelhos aéreos não tripulados (drones).
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