Moçambique solidariza-se com vítimas e Japão condena ameaça nuclear
O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, manifestou hoje solidariedade para com "as vítimas inocentes" da invasão russa da Ucrânia e o primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, condenou as ameaças de Moscovo de recurso a armas nucleares no conflito.
© Lusa
Mundo Ucrânia
"As populações estão a morrer, as cidades estão a ser destruídas sem nenhuma razão palpável e nós, Moçambique, deixamos a nossa mensagem de solidariedade para com as populações vítimas inocentes", afirmou Nyusi.
O chefe de Estado moçambicano falava no final de um encontro com Fumio Kishida, no âmbito de uma visita que o chefe do executivo nipónico realizou na quarta-feira e hoje a Moçambique.
Filipe Nyusi apelou ao fim do conflito, manifestando a disponibilidade de Maputo para a assunção de um papel que vise a resolução pacífica da guerra no leste Europeu.
"Não há país pequeno", no apoio a soluções que possam ajudar a terminar a guerra, disse.
Por seu turno, o primeiro-ministro japonês condenou a Rússia pelas ameaças de recurso a armas nucleares na guerra com a Ucrânia, considerando esta possibilidade inaceitável.
"A ameaça de armas nucleares pela Rússia é inaceitável, muito menos o uso delas", realçou.
Fumio Shikida repudiou igualmente o que considerou serem esforços de Moscovo de tentar mudar a ordem internacional pela "força bruta", defendendo a manutenção dos princípios assentes no Estado de Direito.
Noutro âmbito, o Presidente moçambicano enalteceu "a verticalidade" de Fumio Kishida na condenação aos confrontos armados no Sudão, alertando para a crise humanitária que está a ser provocada pelo conflito.
Nesse sentido, Filipe Nyusi apelou ao Japão um olhar atento aos problemas africanos, durante a presidência nipónica do grupo dos países mais ricos do mundo, conhecido por G-7.
Sobre a situação no Sudão, o líder japonês expressou "forte preocupação", assinalando o risco de uma catástrofe humanitária.
A deslocação de Fumio Kishida a Moçambique inseriu-se num périplo do governante japonês por quatro países africanos que incluiu ainda Egito, Gana e Quénia.
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