"Taiwan é uma parte inseparável do território chinês e o governo da República Popular da China [RPC] é o único governo legítimo que representa toda a China", disse a embaixada chinesa em Berna num comunicado.
A China e Taiwan vivem autonomamente desde 1949, quando o governo nacionalista liderado por Chiang Kai-shek se refugiou na ilha ao perder a guerra civil para os comunistas de Mao Zedong (Mao Tsé-Tung), que proclamou a RPC.
Pequim ameaça tomar Taiwan pela força se a ilha de 23 milhões de habitantes declarar a independência.
"Só existe uma China no mundo", disse a embaixada chinesa em Berna, aludindo à decisão da ONU, de 1971, de reconhecer a RPC como o único representante legítimo do povo chinês.
Atualmente, Taiwan tem relações diplomáticas com apenas 13 Estados.
A câmara baixa do parlamento suíço votou, na quarta-feira, uma resolução para estreitar os laços com o parlamento de Taipé.
O objetivo, segundo o texto da resolução, é "ajudar a fortalecer a democracia, a paz e a estabilidade e aprofundar os intercâmbios" entre a Suíça e Taiwan.
A resolução foi aprovada com 97 votos a favor, 87 contra e oito abstenções.
A embaixada chinesa em Berna afirmou, no comunicado, que o princípio de uma só China é a "uma norma básica amplamente reconhecida das relações internacionais" e a base política das relações entre a RPC e a Suíça.
"A China opõe-se veementemente a qualquer forma de contactos oficiais entre a região chinesa de Taiwan e os países que mantêm relações diplomáticas com a China", disse a embaixada.
O parlamento suíço "é instado a defender o princípio de uma só China e a deixar de interferir nos assuntos internos da China", acrescentou a representação de Pequim em Berna.
Em fevereiro, uma delegação parlamentar suíça visitou Taiwan e encontrou-se com a Presidente taiwanesa, Tsai Ing-wen, o que também foi criticado por Pequim, segundo a agência espanhola EFE.
Taiwan tem estado no centro das divergências entre a RPC e os Estados Unidos da América, principal aliado e fornecedor de armas de Taipé.
Pequim tem reagido com manobras militares em torno da ilha a visitas de dirigentes norte-americanos a Taipé ou a exercícios entre os exércitos dos Estados Unidos e de Taiwan.
A ilha está separada da China pelo Estreito de Taiwan, com apenas 130 quilómetros de distância no ponto mais próximo, que é uma das principais rotas de passagem das mercadorias da região para os mercados mundiais.
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